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Interior

Com pontes fechadas, só pedestres entram ou saem de Aquidauana

Nível do rio está muito acima do local; até ontem, atingiu marca superior a 8 metros, quando o normal é de 3,4

Liniker Ribeiro | 21/02/2018 08:22
Equipe do Exército construiu passarela para garantir ao menos o acesso de pedestres ao município (Foto: Divulgação/Exército)
Equipe do Exército construiu passarela para garantir ao menos o acesso de pedestres ao município (Foto: Divulgação/Exército)

As chuvas que caíram sobre Aquidauana durante todo o dia de ontem (20) deixaram a cidade isolada. Neste momento, apenas pedestres conseguem deixar ou entrar na cidade, por meio de uma acesso improvisado construído pelo Exército. Até mesmo a vice-prefeita do município, Selma Suleiman, não consegue voltar para a cidade.

"Estou em Campo Grande, de malas prontas, e não consigo voltar por que fechou tudo. As condições na ponte nova e na ponte velha não permitem que carros passem por esses locais", revelou Selma ao Campo Grande News.

Para que a passarela improvisada fosse concluída, o trabalho do militares começou por volta das 23h30 de ontem e só terminou às 4h."Nossas equipes trabalharam durante toda a madrugada para construir a ponte que chamamos de 'passadeira', após recebermos o comunicado da Defesa Civil solicitando apoio", afirmou o tenente-coronel Fábio Batista Bogoni.

Ainda segundo ele, quatro equipes foram montadas para atuar durante a cheia do Rio Aquidauana, no qual o nível da água já passa dos 8 metros e desabrigou ao menos 40 famílias ribeirinhas.

Desse total, uma ficou responsável pela construção da passarela, enquanto outras duas atuaram na retirada de moradores das áreas alagadas. Com caminhões, barcos e coletes salva vidas, os militares auxiliaram na retirada das famílias e de alguns pertences dos imóveis. Ao menos 20 famílias foram atendidas pelo Exército.

Militares auxiliaram na retirada de famílias ribeirinhas (Foto: Divulgação Exército)
Militares auxiliaram na retirada de famílias ribeirinhas (Foto: Divulgação Exército)
Militares usaram barcos e coletes salva vidas na remoção dos pertentes (Foto: Divulgação/Exército)
Militares usaram barcos e coletes salva vidas na remoção dos pertentes (Foto: Divulgação/Exército)

A outra equipe de militares trabalha com ajuda de equipamentos de engenharia, na remoção de entulhos em áreas mais afetadas. Ainda de acordo com o tenente-coronel, veículos nem mesmo os veículos mais pesados estão passando pelas pontes, por conta da elevação do nível do rio e a força das águas. "Até então somente os carros de passeio não estavam passando, mas agora de manhã eu já fui informado que o fluxo de veículos voltou a ser interrompido por completo", concluiu.

De acordo com o site O Pantaneiro, a prefeitura do município solicitou a organização de um local para base de apoio de famílias que precisarem de abrigo, visando fornecimento de alimentação e kits emergenciais no caso de famílias necessitarem desse auxílio. A reportagem tentou contato com o prefeito, Odilon Ribeiro, e com o coordenador da Defesa Civil local, mas não tivemos nossas ligações atendidas.

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