Corpo de homem é encontrado por cadela farejadora 82 dias após morte
Laika, da raça pastor holandês, apontou local dos restos mortais de indígena desaparecido em 6 de outubro
Com ajuda da cadela farejadora Laika, do Corpo de Bombeiros, uma ossada humana foi localizada na manhã desta quarta-feira (27) na área rural do município de Dourados. A principal suspeita é de que os restos mortais sejam de Clelson Velasques Verón, 32, desaparecido no dia 6 de outubro deste ano na Aldeia Jaguapiru.
Segundo a Polícia Civil, a ossada foi localizada em área de mato, perto do distrito de Panambi, e será submetida a exame de DNA para confirmar se de fato se tratam dos restos mortais de Clelson.
O local onde os ossos e roupas foram encontrados com apoio da cadela pastora holandesa coincide com a região apontada por um dos autores do assassinato, Agnaldo Gimenes Almirão, 47, o “Guina”. Ele foi preso no dia 20 de outubro e confessou o crime, mas não conseguiu apontar o local exato onde o corpo havia sido deixado. Várias buscas foram feitas, mas nada foi encontrado.
Luiz Gimenes Almirão, 44, irmão de Agnaldo, também é acusado de envolvimento no assassinato e está foragido. Os dois são irmãos da ex-mulher de Clelson.
Morador na Aldeia Jaguapiru, assim como os criminosos, Clelson sumiu de casa no dia 6 de outubro, mas apenas no dia 18 do mesmo mês a mãe dele procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência do desaparecimento.
Após denúncia apontar os irmãos como suspeitos do assassinato, investigadores da Polícia Civil prenderam Aguinaldo. Ele disse que matou o ex-cunhado a golpes de barra de ferro, supostamente por Clelson agredir a ex-mulher – irmã de Aguinaldo e Luiz.
Com a ajuda do irmão, Aguinaldo disse que jogou o corpo em uma valeta numa propriedade na margem da estrada de terra entre a MS-156 e o distrito de Panambi. Ele levou os policiais até o local, mas o corpo não foi encontrado. Aguinaldo disse que estava muito bêbado no momento do crime, por isso não se lembrava do local exato.
Agnaldo Gimenes Almirão foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver. Esse crime é considerado permanente, ou seja, enquanto o corpo estiver escondido, a situação de flagrante continua existindo. Ele segue preso.
Luiz Almirão teria dirigido a caminhonete usada para sequestrar Clelson. Segundo a mãe de Clelson, a moto dele teria sido vista na posse da ex-mulher, irmã dos autores do crime. A mulher foi ouvida apenas como testemunha.
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