Depoimentos em ações de cassação de vereadores começam na quinta
Cinco testemunhas de defesa arroladas pela vereadora Denize Portolann serão as primeiras a serem ouvidas; audiências de Idenor, Pepa e Cirilo ocorrem de 2 a 10 de abril
Começam na quinta-feira (28) os depoimentos de testemunhas arroladas nos processos de cassação de quatro vereadores acusados de corrupção em Dourados, a 233 km de Campo Grande. O cronograma foi definido pelas comissões processantes instauradas no início de fevereiro e vai até o dia 10 de abril.
O Campo Grande News apurou que todas as 35 testemunhas arroladas são de defesa e os depoimentos serão das 8h às 11h, no Plenarinho da Câmara de Dourados.
Na quinta-feira desta semana serão ouvidas as três primeiras testemunhas arroladas pela vereadora Denize Portolann (PR). No dia seguinte, serão ouvidas outras duas testemunhas.
Presa no dia 31 de outubro na primeira fase da Operação Pregão, Denize é acusada de fazer parte do esquema de corrupção instalado no setor de licitações da prefeitura no período em que foi secretária municipal de Educação. Ela ficou 135 dias presa e saiu da cadeia no dia 16 deste mês, beneficiada por habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Nos dias 2 e 3 de abril serão ouvidas dez testemunhas arroladas pela defesa do vereador Idenor Machado (PSDB), que presidiu a Câmara de Dourados durante seis anos. Cinco depõem na terça-feira e outras cinco na quarta.
Nos dias 4 e 5 de abril, também das 8h às 11h no Plenarinho, serão ouvidas as dez testemunhas arroladas pela defesa do vereador Pedro Pepa (DEM). Já nos dias 9 e 10 de abril serão ouvidas as dez testemunhas do vereador Pastor Cirilo Ramão (MDB).
Idenor, Pepa e Cirilo foram presos no dia 5 de dezembro do ano passado na Operação Cifra Negra, deflagrada pelo MP para desvendar um esquema de corrupção supostamente instalado no Legislativo envolvendo empresas terceirizadas.
Cinco empresários da Capital, um ex-vereador e dois ex-servidores da Câmara também foram denunciados. Todos saíram da prisão ainda em dezembro, mas Idenor e Cirilo voltaram a ser presos em fevereiro, acusados de descumprir medidas cautelares por visitarem a Câmara. No dia 12 de março, os dois ganharam liberdade.
Os quatro vereadores foram afastados ainda no ano passado por ordem judicial e convocados os suplentes. Os pedidos de cassação por quebra de decoro parlamentar foram feitos no dia 4 de fevereiro, pelo Movimento Dourados contra a Corrupção.