Dia de greve tem adesão parcial de professores e bancos abrem mais tarde
Maioria das escolas estaduais e municipais tem aula normal nesta sexta-feira; em Dourados, motoristas de ônibus não aderiram
O dia de greve geral convocado em todo o país pelas centrais sindicais tem adesão parcial em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Levantamento feito por telefone nesta manhã pelo Campo Grande News mostra que a maioria das escolas municipais e estaduais funciona normalmente nesta sexta-feira (14).
A convocação dos professores para a greve foi feita no dia 6 deste mês pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), mas boa parte dos educadores trabalha normalmente hoje, inclusive em escolas tradicionais, como a estadual Presidente Vargas no centro e a municipal Lóide Bonfim Andrade no Jardim Água Boa.
Os servidores que aderiram à greve fazem panfletagem nesta manhã na Praça Antônio João e às 14h vão se concentrar em frente à agência do INSS, de onde saem em passeata em direção ao centro. Em Dourados, a manifestação é coordenada pelo Comitê de Defesa Popular.
Na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul não houve adesão dos funcionários da empresa de ônibus e o transporte coletivo funciona normalmente.
A única mudança ocorreu na linha que liga o centro à Cidade Universitária, com redução das frequências, já que hoje não tem aula na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Acadêmicos e professores da UFGD decidiram durante a semana aderir ao dia de greve geral. Vão aproveitar para protestar contra a nomeação da pedagoga Mirlene Ferreira Macedo Damázio como reitora temporária da universidade.
Ela foi nomeada no dia 10 deste mês pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, que ignorou a lista tríplice enviada em março ao MEC. Para o DCE (Diretório Central de Estudantes) e a Associação dos Docentes, a nomeação sem apoio da comunidade acadêmica é intervenção na autonomia da UFGD.
Bancos – Os bancários de Dourados aderiram à greve geral contra a reforma da Previdência, os cortes na educação e por mais emprego. Os filiados ao Sindicato dos Bancários participam do ato na praça e retardam a abertura das agências em uma hora, que nesta sexta-feira iniciam atendimento às 11h.
De acordo com o sindicato, a participação dos bancários é fundamental na luta contra a reforma da Previdência e também em defesa dos bancos públicos, empregos e direitos de toda a classe trabalhadora.
“Vamos paralisar parcialmente as principais agências da cidade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, Ronaldo Ferreira Ramos.