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Interior

Documentos de jornalista podem revelar motivo de execução

Aline dos Santos | 29/02/2012 17:30

As investigações já descartaram motivação passional ou por dívida

Jornalista foi baleado quando seguia de carro pela avenida. (Foto: Léo Veras)
Jornalista foi baleado quando seguia de carro pela avenida. (Foto: Léo Veras)

A Polícia Civil vai analisar documentos do jornalista Paulo Rocaro, de 51 anos, executado em Ponta Porã no último dia 12. De acordo com o delegado Odorico de Ribeiro de Mendonça Mesquita, o material pode levar à indicação do motivo do crime.

As investigações já descartaram motivação passional ou por dívida. “O crime está ligado com o exercício da profissão”, reforça o delegado. Ainda são aguardados resultados de exame de balística de pistola 9 milímetros apreendidas em Coronel Sapucaia e Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com Ponta Porã, e a ampliação de imagens de câmeras de segurança.

O delegado não deu detalhes sobre o que aparece nas imagens, mas, afirma que contribuem para a investigação. Ele também pediu a quebra do sigilo telefônico do celular do jornalista.

Paulo Rocaro foi baleado na noite do dia 12, um domingo, quando seguia num Fiat Idea pela avenida Brasil. O jornalista retornava da casa do ex-prefeito de Ponta Porã, Vagner Piantoni (PT), de quem era amigo. Os tiros foram disparados por um motociclista. Rocaro morreu na madrugada de segunda-feira, no hospital.

O jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.

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