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Interior

Em 10 dias, operação binacional elimina 281 hectares de maconha na fronteira

Somando droga que já estava processada em 83 acampamentos, volume destruído chega a 852 toneladas

Helio de Freitas, de Dourados | 04/03/2022 10:30


Terminou a 29ª edição da operação binacional Nova Aliança, que durante dez dias eliminou roças de maconha e acampamentos usados pelos traficantes para processar a droga em áreas de matas, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

Desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai com apoio de helicópteros cedidos pela Polícia Federal brasileira, a operação foi concentrada em bosques na zona rural de Amambay, departamento na fronteira com Mato Grosso do Sul que tem Pedro Juan Caballero como capital.

Balanço divulgado nesta sexta-feira (4) pela Senad revela pelo menos 852 toneladas de maconha eliminadas durante as ações. O prejuízo aos traficantes foi estimado em 25 milhões de dólares.

A maior parte da droga destruída – 843 toneladas – seria resultado da produção de 281 hectares de lavouras, onde a erva foi cortada e queimada pelos agentes especiais. Cada hectare produz em média três toneladas de maconha pronta para o consumo. Quase toda a produção seria destinada ao mercado brasileiro.

As roças de maconha foram eliminadas nas áreas de Ñu Verá, Cerro Kuatia, Cadete Boquerón, Trabuco, Alpasa, Tatú e San Luís, todas no Departamento de Amambay.

Dentro da mata, as equipes da Senad destruíram 83 acampamentos narcos, onde foram encontradas 9 toneladas da droga já processada. Os acampamentos são usados para secar, picar, prensar e embalar a maconha.

Segundo a agência antidrogas do Paraguai, a maconha continua sendo o principal produto de capitalização das organizações criminosas instaladas na linha internacional. Quadrilhas brasileiras e argentinas se alimentam da estrutura de produção instalada no Paraguai.

Agentes da Senad observam pés de maconha sendo queimados na fronteira com MS (Foto: Divulgação)
Agentes da Senad observam pés de maconha sendo queimados na fronteira com MS (Foto: Divulgação)


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