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Interior

Em uma semana, força-tarefa destrói 600 toneladas de maconha na fronteira

Com apoio brasileiro, Operação Nova Aliança ocorre em áreas de mata perto de Capitán Bado e Pedro Juan

Helio de Freitas, de Dourados | 28/03/2023 08:47


A 36ª edição da Operação Nova Aliança entra hoje (28) na segunda semana de ações contra lavouras de maconha cultivadas na faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Nos primeiros sete dias de trabalho, quase 600 toneladas da droga foram tiradas de circulação.

Com apoio da Polícia Federal brasileira, a operação é liderada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai. Encravadas no meio de matas e morros, as roças da erva são localizadas durante sobrevoo de helicópteros (veja imagens acima) e destruídas pelas equipes de campo.

Nesta etapa da operação, o trabalho para erradicar as lavouras está concentrado nos arredores de Capitán Bado, cidade paraguaia separada por uma rua de Coronel Sapucaia (a 396 km de Campo Grande), e Pedro Juan Caballero, capital do departamento de Amambay.

As localidades de Cadete Boquerón, Trabuco, Cerro Kuatia, Colônia Piray e Colônia Estrella são considerados pontos tradicionais de cultivos da droga. A maioria das lavouras é controlada por facções criminosas brasileiras.

Agente paraguaio corta pés de maconha em roça na fronteira com MS (Foto: Divulgação)
Agente paraguaio corta pés de maconha em roça na fronteira com MS (Foto: Divulgação)

Conforme balanço parcial divulgado hoje (28) pela Senad, em uma semana de operação foram destruídos 72 acampamentos usados pelos traficantes para processar a droga. Nesses locais, 20,6 toneladas de maconha pronta para o consumo e 360 quilos de sementes foram incinerados.

No entorno dos acampamentos, 189 hectares de roças da erva foram cortados e queimados. Cada hectare produz, em média, três toneladas da maconha pronta para o consumo.

Levando em conta a produção que ainda seria colhida e a droga já pronta, a Senad estimou em 587,6 mil quilos o total destruído, com prejuízo de 88 milhões de dólares. A agência paraguaia informou que a operação vai continuar por vários dias, para afetar significativamente as finanças e logística dos produtores da droga.

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