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Ex-sócio que mandou executar motorista de van morre no hospital

Edson Medeiros Ribeiro estava internado desde agosto em estado grave por conta de pneumonia bacteriana

Por Ana Paula Chuva | 30/09/2025 18:10
Ex-sócio que mandou executar motorista de van morre no hospital
Edson ao lado da esposa, ambos apontados como mandantes do crime (Foto: Reprodução | Redes Sociais)

Apontado como mandante da execução do motorista de van Valdinei Marcos da Silva, o empresário Edson Medeiros Ribeiro morreu nesta terça-feira (30), no Hospital Regional de Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande. O crime aconteceu no dia 9 de fevereiro deste ano e o homem estava custodiado no Presídio Máximo Romero, em Jardim.

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O empresário Edson Medeiros Ribeiro, acusado de ser mandante do assassinato do motorista de van Valdinei Marcos da Silva, faleceu nesta terça-feira no Hospital Regional de Ponta Porã. Ele estava internado desde 21 de agosto devido a uma pneumonia bacteriana grave e derrame pleural. O crime ocorreu em fevereiro deste ano, motivado por disputas comerciais após o rompimento de sociedade entre os envolvidos. Edson e sua esposa Mara são acusados de contratar um ex-policial e outro indivíduo para executar Valdinei, que foi atingido por quatro disparos na cabeça durante uma viagem em que transportava uma passageira idosa.

Conforme apurou o Campo Grande News, Edson foi internado no dia 21 de agosto por conta de uma pneumonia bacteriana grave e derrame pleural. Na ocasião, ele foi encaminhado para o Hospital Marechal Rondon, em Jardim, cidade onde estava preso.

No dia 22 daquele mês, o empresário foi transferido, em vaga zero, para um hospital de Ponta Porã, onde ficou internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta da gravidade do quadro clínico. Ele foi intubado.

Segundo a defesa, o boletim médico informava que Edson estava com “pneumonia bacteriana grave, complicada com empiema pleural, abscesso pulmonar e tuberculose pulmonar em investigação, admitido em sala vermelha de UTI”, alertou o advogado, destacando que o quadro do empresário era gravíssimo.

Naquela data, a defesa pediu que a prisão fosse convertida em domiciliar e que o hospital fosse oficiado para dar informações detalhadas do quadro de saúde do empresário. O documento é assinado pelo advogado Odil C. Toledo Puques. O pedido foi indeferido no dia 25 de setembro.

Nesta terça-feira, o empresário não resistiu e morreu na unidade hospitalar. Com isso, a esposa, também acusada de ser mandante do crime, pediu a liberação da unidade penal para ir ao velório de Edson. A saída temporária foi concedida pelo juiz Ricardo Achutti Poerner.

Relembre - Valdinei seguia pela rodovia dirigindo a van e tinha como passageira apenas uma idosa, de 77 anos, quando foi abordado pela Fiat Toro. A testemunha, que saiu ilesa do ataque, informou à polícia que o motorista chegou a tentar revidar, mas não deu tempo e ele foi ferido por quatro disparos na cabeça. Próximo ao veículo, foram localizados cartuchos deflagrados de calibre 12.

Conforme divulgado pela Polícia Civil, a morte de Valdinei foi motivada por disputas comerciais. Com isso, o casal planejou e contratou o ex-policial José Adão Correa e o Mister MS Alexandre Lanzoni para executar o crime. A investigação também constatou que Edson e Mara estavam ameaçando a vítima e seus familiares.

Testemunhas contaram para a polícia que o desentendimento entre um ex-sócio e Valdinei começou após o motorista da van encerrar a sociedade em novembro de 2024 por estar recebendo valores a menos do que deveria. Foi então que começou uma disputa por clientes entre as empresas que trabalhavam com transporte de turistas.

Nos relatos, o ex-sócio, Edson, chegou a fazer ameaças públicas à vítima por conta da separação, para que Valdinei não se "intrometesse na sua região". A testemunha, que conhecia Valdinei há 17 anos, contou que ouviu rumores de que a mulher do empresário, Mara, havia contratado alguém para matar o motorista da van.

 O casal foi preso em casa na cidade de Amambai, distante 351 quilômetros de Campo Grande. Outros dois endereços ligados a eles foram alvos de busca e apreensão, sendo uma outra residência e uma empresa.

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