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Interior

Fazenda onde 12 foram presos com avião é de traficante conhecido na fronteira

Narciso Ayala, o “Bugão”, é apontado como dono da base do narcotráfico descoberta hoje pela Senad

Por Helio de Freitas, de Dourados | 21/03/2024 14:58


A Fazenda Ypané, onde funcionava base do narcotráfico, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, pertence ao paraguaio Narciso Ayala, o “Bugão”. Mais novo dos irmãos, ele é bastante conhecido na região das cidades-gêmeas Capitán Bado (Paraguai) e Coronel Sapucaia (MS) e apontado como chefe de clã familiar dedicado ao tráfico de drogas.

Na manhã desta quinta-feira (21), a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e o Ministério Público do Paraguai desencadearam a Operação Ypané, para desarticular a organização. Na fazenda, os agentes descobriram importante base do narcotráfico instalada a poucos quilômetros de Mato Grosso do Sul.

No hangar da propriedade rural foi apreendido um avião Cessna sem identificação. Doze homens que não tiveram os nomes informados foram presos. Ainda na fazenda, os agentes localizaram uma espécie de bunker subterrâneo, feito de madeira, para esconder drogas, armas e dinheiro (veja o vídeo acima).

No hangar também foram apreendidos galões de combustível e bomba de abastecimento, duas escopetas, uma pistola, um revólver, munições, uma caminhonete Ford F4000 com placa brasileira e dois tratores.

A propriedade tem uma pista clandestina de 1.200 metros de extensão. Ainda nos limites da fazenda, foram localizados 12 hectares de cultivo de maconha e três acampamentos usados para processar a droga.

Segundo a imprensa paraguaia, o clã liderado por “Bugão Ayala” atua também na lavagem de dinheiro através de empresas de fachada e aquisição de bens móveis e imóveis. Em 2012, foi acusado de homicídio em Salto Del Guairá, mas ganhou direito a prisão domiciliar.

Em outubro de 2021, o clã liderado por “Bugão” foi alvo da Operação Jerjes I, da Polícia Nacional, mas conseguiu escapar após vazamento de informações sigilosas. A mulher dele, o irmão e seu braço-direito foram presos naquela operação. Narciso responde a vários processos na Justiça brasileira.

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