Foragido de SP foi convidado por preso da Máxima para furtar banco em MS
Seis homens foram presos pelo crime após invadirem local pelo telhado e "mandante" ainda não foi identificado
Preso junto com outro cinco homens, Patrick Gouveia, 47 anos, confessou ter participação no furto a uma agência bancária de Água Clara, cidade a 193 quilômetros de Campo Grande, na madrugada de quarta-feira (8). Foragido do estado de São Paulo o homem afirmou à polícia ter sido convidado por um interno do Presídio de Segurança Máxima da Capital para participar da empreitada criminosa.
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Patrick Gouveia, foragido da justiça paulista, confessou sua participação em um furto a uma agência bancária em Água Clara, MS. Convidado por um detento do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, ele se juntou a outros cinco homens no crime. Após um planejamento via WhatsApp, o grupo invadiu a agência, mas só conseguiu levar um colete com munições e um notebook antes de fugir ao disparar o alarme. Todos os envolvidos foram presos e responderão por furto qualificado e associação criminosa.
Em depoimento, Patrick relatou à polícia que cumpria pena em São Paulo por roubo majorado pela restrição da liberdade da vítima e em 2023 conseguiu o indulto de Natal, desde então não voltou para a unidade penal passando todo o ano passado foragido. Contudo, tentava trabalhar com serviços autônomos em Três Lagoas, cidade onde sua mãe mora.
Patrick relatou que conheceu outros internos quando esteve preso em São Paulo, mas negou ser integrante de qualquer facção criminosa, porém mantinha contato com um preso identificado apenas como Alisson que está na Máxima em Campo Grande e durante uma das conversas ele o convidou para participar do arrombamento ao banco.
Na conversa, Alisson disse que a agência escolhida seria em Água Clara e que bastava Patrick ir para a cidade onde os outros integrantes da quadrilha já estariam aguardando sua chegada. O preso foi quem pagou o táxi até a rodoviária da cidade, na segunda-feira (6), onde ele afirma que aguardou a chegada dos outros comparsas. Porém como eles não chegaram, pediu que o mesmo taxista o levasse até a casa de Robison dos Santos Jardim, 31 anos.
Invasão – Depois de chegar na casa, os dois homens conversaram e foram até um bar onde encontraram o restante do grupo, dois dos integrantes, sendo um deles Vailton Pereira de Sousa, 24 anos, saíram para comprar as ferramentas e então Patrick retornou para casa onde os equipamentos foram deixados depois.
Um grupo foi criado no WhatsApp para troca de mensagens e naquele mesmo dia o grupo foi até a agência bancária preparar o telhado para a invasão. Depois, voltaram para casa. Na manhã do dia seguinte continuaram o planejamento e os detalhes eram passados por Alisson através do telefone.
Na madrugada de quarta-feira, Patrick subiu no telhado junto com Robison e outro comparsa, e deram início à invasão. Todo o crime foi executado em ligação com o preso que seria o mandante. Após desencaixar as telhas, ele chegou a cortar a mão e foi o primeiro a entrar no banco. Procurou o cofre central, mas não achou e o alarme disparou. Eles fugiram do local.
Passadas algumas horas, o grupo decidiu voltar para o banco junto e enquanto o trio tentava acessar o banco os outros três comparsas ficaram de vigia avisando sobre a movimentação policial. Patrick e Robison subiram no telhado, já o outro foi embora. A dupla entrou na agência e o alarme disparou novamente junto com a fumaça.
Os criminosos saíram correndo deixando as ferramentas e levaram apenas o colete com as munições calibre 38 e o notebook. Na quinta-feira (9), estava em casa quando os policiais chegaram e ele tentou fugir pelos fundos da casa, mas acabou sendo pego.
Patrick foi encontrado após a prisão de Vailton que foi identificado por conta da compra das ferramentas. Em depoimento, ele confessou a participação no crime, mas afirmou que ficou responsável apenas pela aquisição dos materiais e por cuidar da movimentação policial no local.
Os outros presos foram Pedro Henrique da Rocha Lira, Romário de Moura Silva e Valdeson Ferreira de Souza. E todos vão responder por furto qualificado e associação criminosa. Eles passaram por audiência de custódia neste sábado e tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Alexandre Antunes da Silva.
A investigação e as prisões foram uma ação conjunta entre as delegacias de Água Clara, Santa Rita do Pardo e a Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).
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