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Gaeco prende 4 pessoas em nova fase de ação contra emissão falsa de documentos

Esta é a segunda fase da Operação Grilagem de Papel, que havia sido desencadeada em 2024, em Coxim

Por Silvia Frias e Sidney de Assis, de Coxim | 27/05/2025 08:55
Gaeco prende 4 pessoas em nova fase de ação contra emissão falsa de documentos
Equipe do Gaeco está em Coxim na operação de fraude documental (Foto: Sidney Assis)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) cumpre quatro mandados de prisão em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, pela segunda fase da Operação Grilagem de Papel, que apura emissão fraudulenta de documentos para regularização fundiária.

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O Gaeco cumpriu quatro mandados de prisão em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, na segunda fase da Operação Grilagem de Papel, que investiga a emissão fraudulenta de documentos para regularização fundiária. Entre os detidos está Rodrigo Ferreira Lima, ex-gerente de Tributos da prefeitura, já investigado na primeira fase da operação. Os outros três presos são servidores afastados do Executivo, incluindo um escrivão da Polícia Civil. A investigação anterior revelou que os servidores expediam certidões de regularização para terrenos abandonados, transferindo propriedades de forma irregular. A prefeitura e a Polícia Civil foram contatadas para comentar sobre a nova fase da operação.

Em nota, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), informou que, além dos mandados de prisão preventiva, o Gaeco também cumpre quatro mandados de medidas cautelares e nove mandados de busca e apreensão. O trabalho do Gaeco é realizado por meio da UICC (Unidade de Combate aos Crimes Digitais e de Inteligência Cibernética) e da 1ª Promotoria de Justiça de Coxim.

Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares e documentos relacionados à regularização fundiária urbana (REURB) e à transmissão de imóveis dos investigados.

A operação cumpriu também três ordens de afastamento de servidores públicos de seus cargos, em razão de suspeitas de envolvimento nos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes correlatos.

Segundo apuração da reportagem, entre os presos, está Rodrigo Ferreira Lima, ex-gerente de Tributos e Receitas da prefeitura, que já tinha sido alvo da primeira fase da operação, ocorrida em novembro de 2024. Os outros três alvos são servidores afastados do Executivo e, na lista, um escrivão da Polícia Civil.

Conforme apurado até o momento, a organização criminosa, integrada por particulares e servidores públicos, teria fraudado a expedição de diversas certidões de regularização fundiária de terrenos desocupados em Coxim, mas com propriedade definida, sem seguir o procedimento exigido em lei.

A partir dessas certidões ilegais, as propriedades eram transferidas no Cartório de Registro de Imóveis para os próprios envolvidos, seus familiares ou terceiros que pagavam propina para esta finalidade.

O nome da Operação “Grilagem de Papel” faz alusão à apropriação ilegal de terrenos de terceiros por meio de documentos fraudulentos.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Coxim e com a Polícia Civil para saber se irão se manifestar sobre a nova fase.

O prefeito de Coxim, Edilson Magro, diz que conversou com os promotores sobre a operação e se colocou à disposiçao para esclarecimentos. Em nota, informou que não está sendo investigado, está acompanhando os trabalhos. "Respeitamos a justiça e o Ministério Público e tudo faremos para colaborar com as investigações".

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#matéria atualizada às 9h36, para acréscimo da nota divulgada pelo MPMS.

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