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Interior

Grupo de elite chega à cidade onde policial foi morto e outro ficou ferido

Porta-voz da Força-Tarefa Conjunta acha difícil que ataque tenha sido obra de terroristas

Helio de Freitas, de Dourados | 02/03/2021 09:09
Sede da Polícia Nacional em povoado perto da fronteira com MS (Foto: Arquivo)
Sede da Polícia Nacional em povoado perto da fronteira com MS (Foto: Arquivo)

Equipes da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite formado por policiais e militares das forças armadas, chegaram na madrugada de hoje (2) ao povoado onde um policial morreu e outro ficou ferido durante ataque a tiros à sede local da Polícia Nacional na noite desta segunda-feira.

Localizada no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción, a cidade tem nome de Sargento José Félix López, mas é conhecida como Puentesiño. O povoado de sete mil habitantes fica a 71 quilômetros de Bela Vista (MS), mas em linha reta está situado a menos de 15 km do território sul-mato-grossense. A área é de difícil acesso.

Por volta de 23h (horário do Paraguai, que está no horário de verão), homens armados dispararam vários tiros em direção à 15ª Comisaria da Polícia Nacional. O oficial Ramón Ávalos morreu e o suboficial Pedro Jara ficou gravemente ferido. Outros policiais também teriam sido atingidos, mas sem gravidade.

As primeiras suspeitas recaem sobre quadrilhas de traficantes radicadas na linha internacional com Mato Grosso do Sul e sobre grupos terroristas, como o EPP (Exército do Povo Paraguaio) e a ACA (Agrupação Armada Campesina), atuantes na região Norte do Paraguai.

Entretanto, o tenente-coronel Luis Rodolfo Apesteguía, porta-voz da FTC, acredita ser difícil que o ataque tenha partido de grupos terroristas.

Segundo ele, apesar de existir registro da presença dos grupos terroristas, Puentesiño não está localizado na zona vermelha de atuação dos guerrilheiros, responsáveis por assaltos, sequestros e execuções de policiais e militares em várias regiões no Norte do país vizinho.

Apesar da declaração do porta-voz, em setembro do ano passado, em uma fazenda não muito distante desse povoado, o ex-vice-presidente Óscar Denis, 74, foi sequestrado por terroristas do EPP e até agora está em poder dos guerrilheiros marxistas.

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