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Interior

Homem que matou ex-mulher e a sogra é entregue à polícia de MS

Antônio César Cavalheiro Soares foi preso sábado à noite e expulso hoje cedo do Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 01/02/2022 10:59
Antônio é conduzido por policiais paraguaios no momento da expulsão. (Foto: Divulgação)
Antônio é conduzido por policiais paraguaios no momento da expulsão. (Foto: Divulgação)

Já está em poder da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul o brasileiro que matou a ex-mulher e a sogra, em maio do ano passado, em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande. Antônio César Cavalheiro Soares, 54, foi preso na noite de sábado (29), a 20 km de Ponta Porã.

Na manhã de hoje (1º), Antônio foi oficialmente expulso do país vizinho e entregue a policiais civis no Departamento de Migrações, em Pedro Juan Caballero. Após depoimento na delegacia, ele deve ser levado para o presídio, onde vai aguardar julgamento por duplo feminicídio.

No dia 4 de maio do ano passado, Antônio matou a ex-mulher Naila Vitória Rodrigues, 20, e a mãe dela, Erika Rodrigues Salomão, 39. A jovem morava com ele no lado paraguaio, mas tinha deixado o marido após ser chutada, ameaçada e levar cusparada no rosto, um mês antes do crime. O casal tinha um filho de cinco meses.

Naila foi morta quando chegava para trabalhar no Hospital Regional de Ponta Porã. Erika trabalhava no setor de hortifrúti de um mercado a 1.100 metros do hospital e foi morta com tiros na cabeça quando arrumava as frutas para a venda do dia.

Antônio usou duas armas para matar a jovem e a ex-sogra. Em frente ao hospital, na Rua Baltazar Saldanha, ele executou Naila a tiros de pistola 9 milímetros. Cápsulas deflagradas foram recolhidas ao lado do corpo.

No supermercado, na Vila Maria Auxiliadora – a 1 km do hospital –, Antônio usou um revólver para matar Erika com tiros na cabeça, pois não foram encontradas cápsulas deflagradas.

Após denunciar Antônio por violência doméstica, Naila passou a morar com a mãe, no Bairro Kamel Saad, em Ponta Porã. No dia em que a mulher saiu de casa, o criminoso prometeu que iria matá-la se ela o deixasse e se o denunciasse à polícia.

Policiais militares que fizeram a ocorrência orientaram Naila a registrar o caso na Polícia Civil e comunicar à Polícia Nacional, pois a violência doméstica havia ocorrido em território paraguaio. Entretanto, ela não teria levado o caso à frente. O filho do casal está com parentes de Naila.

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