Juiz decreta internação de adolescentes indígenas que planejavam massacre
Os três estudantes de escola pública vão permanecer recolhidos em delegacia esperando vaga na Unei
O juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da Vara da Infância e Adolescência, decretou a internação dos três adolescentes que planejavam um massacre na Escola Municipal Francisco Meireles, localizada na Reserva Indígena de Dourados, cidade a 251 km de Campo Grande.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Três adolescentes indígenas foram detidos após planejarem um massacre na Escola Municipal Francisco Meireles, localizada na Reserva Indígena de Dourados, a 251 km de Campo Grande. O juiz Eguiliell Ricardo da Silva decretou a internação dos jovens, com idades entre 12 e 14 anos. Os estudantes, que confessaram o plano, foram descobertos após funcionários notarem comportamento suspeito e encontrarem facas em suas mochilas. Eles portavam também símbolos nazistas, machetes e balaclavas. A polícia investiga o caso para identificar possíveis outros envolvidos.
Os três – um com 12 anos e dois com 14 anos de idade – são alunos da escola, instalada na Missão Evangélica Caiuá, na Aldeia Jaguapiru. Eles foram detidos pela Guarda Municipal após um funcionário do estabelecimento de ensino perceber comportamento estranho do trio e encontrar as facas nas mochilas.
- Leia Também
- Adolescentes confessam à polícia plano de massacre inspirado no nazismo
- Adolescentes com símbolos nazistas são detidos planejando massacre em escola
Durante audiência para avaliar o auto de apreensão em flagrante, o magistrado homologou o procedimento da Polícia Civil e determinou que os três fossem levados para a Unei (Unidade Educacional de Internação). Entretanto, por enquanto, eles permanecem na carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), aguardando vaga.
Ao Campo Grande News, a delegada Andreia Alves Pereira, titular da DAIJI (Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa Idosa), disse que os três adolescentes confessaram a intenção de promover um massacre na escola.
“Os três menores foram apreendidos em flagrante pelo ato infracional análogo aos delitos de ameaça e de contravenção de falso alarme (quando a pessoa pratica qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto). Eles foram autuados e em suas oitivas confessaram a intenção de cometerem o massacre”, afirmou a delegada.
A policial confirmou que os adolescentes cultuavam símbolos nazistas. “Dois menores desenharam no braço o símbolo da suástica nazista. Eles estavam portando facas, machetes, balaclava e calças camufladas; todo esse material estava no interior das mochilas. A ideia veio de um dos menores, que viu na internet uma notícia acerca de massacre na escola, quis cometê-lo e convidou os outros dois”.
A Polícia Civil continua investigando o caso. Professores, alunos e familiares dos adolescentes serão chamados para depoimento. A intenção é descobrir se há outras pessoas envolvidas no plano.
O diretor da escola indígena acredita que os estudantes tinham mesmo a intenção de matar professores e outros alunos. “Eles disseram que viram isso e queriam fazer. Um dos pais estava horrorizado, porque eram meninos bons, e, de um tempo para cá, enlouqueceram. A intenção deles realmente era promover um massacre dentro da escola", disse ele ao Campo Grande News.
“Infelizmente, esses alunos na nossa escola planejaram executar um massacre. Eles só falavam em matar professores e todos da escola. Estavam preparados para cometer o crime e fugir”, afirmou o diretor.
Segundo ele, a ação da direção e da inspetoria impediu que o ataque fosse executado. “Em todo momento eles falavam em massacre e isso deixou todos em pânico”. Nesta quarta-feira, a direção da escola se reuniu com representantes da Secretaria Municipal de Educação com solicitação de reforço na ronda. As aulas também foram retomadas normalmente.
Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.