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Interior

Mais de 600 kg de produtos impróprios para consumo são apreendidos

Luciana Brazil | 31/10/2014 13:55
Maior volume de apreensão foi registrado na região norte do Estado (foto: divulgação/Decon)
Maior volume de apreensão foi registrado na região norte do Estado (foto: divulgação/Decon)

Mais de meia tonelada de produtos impróprios para o consumo foi apreendida, na semana passada, durante operação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) realizada nos municípios de Bela Vista, Antonio João e Ponta Porã. Entre as mercadorias estavam produtos de origem animal sem comprovação de origem, sem inspeção sanitária, e produtos lácteos com o prazo de validade vencido.

A ação tem o objetivo de coibir os crimes contra as relações de consumo, e ao trânsito e comércio irregulares de animais, produtos e subprodutos de origem animal clandestinos. Fiscais agropecuários do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Vegetal e Animal) e da Vigilância Sanitária Estadual estiveram presentes na operação.

Em um açougue de Bela Vista, a 322 quilômetros de Campo Grande, foram apreendidos 327 quilos de produtos impróprios para consumo, entre eles mercadorias de origem animal sem comprovação de origem e sem inspeção sanitária e produtos lácteos com o prazo de validade vencido.

Ainda no município, mas desta vez em um supermercado, fiscais encontraram 190 quilos de mussarela que eram comercializadas de forma irregular, com a inspeção de outro município. Também foram apreendidos 25 quilos de peixe e 95 quilos de queijo caipira sem inspeção sanitária do órgão competente.

Na cidade de Antonio João, a 279 quilômetros da Capital, uma granja foi interditada e 1,5 mil ovos foram apreendidos. O local comercializava ovos sem inspeção sanitária, o que pode colocar a saúde dos consumidores em risco.

Todos os produtos apreendidos foram destruídos junto ao aterro sanitário local. Os proprietários dos estabelecimentos responderão a procedimento administrativo junto à Vigilância Sanitária Estadual e a Iagro. Eles ainda poderão responder a inquérito policial, por crime contra as relações de consumo, com pena de 2 a 5 anos de prisão.

Como parte da operação, foram distribuídas cartilhas educativas na BR-060, em Guia Lopes da Laguna, no posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal). O panfleto foi elaborado pela Iagro com informações importantes sobre produtos de origem animal.

Conforme a Decon, a intenção era chamar a atenção dos consumidores para os males causados pelo descumprimento das normas sanitárias vigentes, o que configura não só crimes, mas o desrespeito com as normas de saúde pública. O consumo de tais produtos pode acarretar diversas doenças para o ser humano, como brucelose, tuberculose, cisticercose, entre outras. O consumo deste tipo de mercadoria pode causar transtornos gástricos como diarreia e vômito e até levar a morte.

Balanço- De janeiro até agosto deste ano cerca de 70 toneladas de alimentos impróprios para o consumo humano já foram apreendidos e descartados e mais de 50 estabelecimentos multados em Mato Grosso do Sul, de acordo com balanço preliminar feito pela Decon.

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