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Interior

Moradores da fronteira são orientados a não sair de casa sem documentos pessoais

Pedido da Secretaria Municipal de Segurança tem como objetivo frear a escalada de violência em Ponta Porã

Jhefferson Gamarra | 15/10/2021 10:04
Vereador Farid Afif executado com um tiro na cabeça na semana passada em Ponta Porã. (Foto: Reprodução)
Vereador Farid Afif executado com um tiro na cabeça na semana passada em Ponta Porã. (Foto: Reprodução)

Com a onda de violência registrada na fronteira do Brasil com o Paraguai, principalmente, diante dos crimes relacionados à disputa pelo controle do tráfico de drogas, a Secretaria de Segurança de Ponta Porã, cidade a 298 quilômetros de Campo Grande, está orientando a população a não circular pelas ruas da cidade sem portar documentos pessoais e também evitar a circulação em carros com vidros escuros ou insulfilmados.

“Sabemos que os fatos que aconteceram do outro lado da fronteira têm efeito colateral na cidade vizinha. É importante que a população colabore no intuito de facilitar o trabalho policial e zelar por sua própria segurança, que portem os documentos pessoais, andem habilitados, evitem andar em veículos com vidros fechados ou com insulfilm. São orientações normais na nossa região, mas que precisa ser reforçada nesse momento de crise em que vivemos, com várias chacinas e assassinatos que ocorreram e ainda poderão ocorrer pelo que se tem notícia”, frisa o secretário municipal de Segurança de Ponta Porã, Marcelino Nunes.

De acordo com o titular da pasta de Segurança, o Governo de Mato Grosso do Sul reforçou a região de fronteira com 50 policiais que estavam lotados em outras cidades do Estado, com o intuito de elucidar a morte do vereador Farid Afif, executado com um tiro na cabeça, de pistola calibre .45, em frente a uma concessionária na Rua Paraguai, enquanto andava de bicicleta, na noite da última sexta-feira (8).

Além do ganho de reforço na segurança, diversas outras medidas preventivas serão executadas para conter a escalada na violência enfrentada na fronteira e identificar cidadãos paraguaios foragidos em cidades brasileiras.

“Intensificamos o trabalho de blitz e fiscalização na periferia, nos bairros e distritos de Ponta Porã, isso tudo com o intuito de fiscalizar, mas ao mesmo tempo, ficar atento no aumento do número de pessoas que tem vindo para a cidade por conta das operações que estão ocorrendo no lado paraguaio”, reforça o secretário.

No lado paraguaio, governo assinou com a Polícia Federal brasileira, um acordo de instalação de um Comando Bipartite nas cidades de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã. A parceria vai permitir, segundo as autoridades paraguaias, a troca de informações entre as autoridades policiais, militares e de inteligência, para poder enfrentar a criminalidade fronteiriça.

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