Mulher enterrada em quintal morreu com golpe na cabeça e facadas no pescoço
Pelas roupas, familiares reconheceram corpo de Filipa Moreno Ojeda, de 33 anos
Filipa Moreno Ojeda, 33, desaparecida desde 16 de maio deste ano, em Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande), foi morta com pancada na cabeça e pelo menos duas facadas no pescoço. A informação foi apurada hoje (20), pelo Campo Grande News, com fontes da fronteira.
A causa da morte foi identificada pelo legista da Polícia Civil durante autópsia, ontem (19), após o corpo dela ser encontrado enterrado em cova rasa no fundo do quintal onde Filipa morava com o marido e principal suspeito do crime, Emiliano Adulfo Lopes Fernandes.
A reportagem apurou também que, embora estivesse em decomposição, familiares reconheceram o corpo como sendo de Filipa Ojeda. As roupas que ela usavam no dia em que foi morta ajudaram na identificação.
Emiliano Fernandes continua foragido. Policiais dos dois lados da fronteira estão à procura do suspeito. Com vários antecedentes criminais, Emiliano já tinha sido preso por violência doméstica contra Filipa e denunciado várias outras vezes pela mulher.
Familiares afirmam que ela desapareceu em 16 de maio deste ano, data em que viu o status do aplicativo WhatsApp pela última vez. Entretanto, a família só registrou o desaparecimento no dia 20 de julho.
Emiliano chegou a ser chamado para prestar depoimento na Delegacia da Mulher, em Ponta Porã, mas apresentou a mesma versão que tinha dado aos irmãos de Filipa, de que a mulher tinha viajado para Naviraí para tratar de uma herança e depois tinha ido embora de casa. Convincente, ele foi liberado e depois desapareceu da fronteira.
Ontem, a Guarda Civil Municipal Fronteira recebeu denúncia anônima de que Emiliano tinha matado a mulher e enterrado o corpo no fundo do quintal da casa onde morava com ela, na Rua Carmelo Puléo, no Jardim Primor. Policiais civis foram avisados e junto com os guardas, encontraram a cova onde estava o corpo.