Mulher morre atropelada minutos após pedir socorro para a PM
Letícia Ferreira Araújo não teve tempo de ser socorrida. Marido foi preso em flagrante
Vitor Ananias, de 25 anos, foi preso em flagrante na noite deste sábado (9), suspeito de atropelar e matar sua companheira, Letícia Ferreira Araújo, da mesma idade, em Cassilândia, a 419 quilômetros de Campo Grande. O caso é investigado pela Polícia Civil como feminicídio.
RESUMO
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Jovem de 25 anos foi presa em flagrante em Cassilândia (MS), suspeita de atropelar e matar a companheira, Letícia Ferreira Araújo, da mesma idade. O caso, investigado como feminicídio, ocorreu na noite de sábado (9). A vítima tentou ligar para a Polícia Militar, mas a ligação caiu. Minutos depois, um vizinho informou sobre o atropelamento. A Polícia Civil relatou que o veículo, um Volkswagen Gol, atingiu Letícia e depois bateu em um muro. A ausência de marcas de frenagem sugere que o ato foi intencional. O suspeito foi preso em sua residência, próxima ao local do crime. Uma testemunha e imagens de câmeras de segurança corroboram a dinâmica do atropelamento. Este é o segundo feminicídio registrado em Cassilândia em 2025 e o 22º em Mato Grosso do Sul.
O Campo Grande News apurou que a jovem tentou ligar para o 190, número da Polícia Militar, porém a ligação caiu e os militares não conseguiram endereço nem dados da vítima. Minutos depois, um vizinho ligou informando que houve o atropelamento.
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Conforme divulgado pela Polícia Civil, equipes da Polícia Militar foram acionadas após denúncia de uma discussão entre o casal. Ao chegarem no local, Letícia já estava morta, após ser atingida por um Volkswagen Gol, que bateu contra o muro de uma residência logo depois.
De acordo com a polícia, não havia marcas de frenagem na pista, o que reforça a suspeita de que o atropelamento tenha sido intencional. O suspeito foi encontrado na casa onde morava, próxima ao local do crime, e recebeu voz de prisão.
Uma testemunha relatou aos policiais ter presenciado a ação, descrevendo a dinâmica compatível com os danos no veículo. Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento e devem ajudar a esclarecer o caso.
A perícia realizou levantamentos no local e o delegado responsável, Igor Duarte Sousa, representou pela prisão preventiva do suspeito, que permanece detido à disposição da Justiça.
Este é o segundo caso de feminicídio no município em 2025 e o 22º em Mato Grosso do Sul.
Agosto Lilás - Em pleno Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência doméstica, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul divulgou um caso que mostra como códigos e sinais podem salvar vidas.
Uma mulher ligou para o Copom (Centro de Operações da PM), em Campo Grande, pedindo “dipirona”, palavra usada como disfarce para pedir socorro. O atendente percebeu que não se tratava de um pedido de remédio, mas de uma denúncia velada de agressão, e iniciou perguntas para confirmar a situação. Ao perguntar sobre “a dosagem”, metáfora para a intensidade da violência, ouviu que era “30 miligramas”, indicando alto risco.
Uma equipe foi enviada ao local e conseguiu retirar a vítima de casa em segurança. Dias depois, a mesma mulher ligou novamente para agradecer o atendimento rápido e eficaz. O caso, registrado no início deste ano, teve a identidade da vítima preservada para evitar nova exposição.
A divulgação faz parte das ações da campanha Agosto Lilás e reforça que sinais discretos, como códigos verbais, gestos de mão ou o uso de batom vermelho, podem ser usados por mulheres para pedir ajuda sem alertar o agressor.
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