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Interior

Mulher morre em confronto entre militares e terroristas na fronteira

Presidente paraguaio viajou de Asunción à região de Yby Yaú para acompanhar o caso

Helio de Freitas, de Dourados | 02/09/2020 16:08
Tratores queimados por guerrilheiros do EPP, em maio deste ano, na zona rural de Yby Yaú (Foto: ABC Color)
Tratores queimados por guerrilheiros do EPP, em maio deste ano, na zona rural de Yby Yaú (Foto: ABC Color)

Confronto entre militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta) e guerrilheiros do autodenominado EPP (Exército do Povo Paraguaio) deixou pelo menos uma pessoa morta e outra ferida nesta quarta-feira (2) nos arredores de Yby Yaú.

A cidade pertencente ao Departamento (equivalente Estado) de Concepción fica a 100 quilômetros da Linha Internacional que divide o Paraguai de Mato Grosso do Sul.

Ainda há poucas informações sobre o caso, mas meios de comunicação do Paraguai relatam que uma mulher, supostamente uma das líderes do EPP, morreu no confronto. O ferido sem gravidade seria militar paraguaio.

A troca de tiros entre militares do grupo de elite das forças armadas paraguaias ocorreu em uma fazenda a 8 km do perímetro urbano de Yby Yaú, cidade de 22 mil habitantes.

O presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez publicou em sua rede social que está se deslocando da capital Asunción à região de Yby Yaú para monitorar a situação.

O tenente-coronel Luis Apesteguía, porta-voz da FTC, disse que a mulher abatida pelos militares integrava o comando do grupo terrorista, mas se negou a divulgar a identidade dela.

O jornal ABC Color informou que a mulher é Magna Meza. Se for confirmada a morte dela, segundo o principal jornal paraguaio, será o mais duro golpe para o EPP em toda sua história.

Criado em 2008, o Exército do Povo Paraguaio é um grupo de guerrilha comunista responsável por assaltos, sequestros e assassinatos de fazendeiros, policiais e militares na região norte do Paraguai, formada pelos departamentos de Concepción, San Pedro e Amambay.

Os principais alvos dos sequestros são pecuaristas e madeireiros estrangeiros que exploram as terras na região pouco habitada do Paraguai. Em novembro de 2018, a guerrilha marxista invadiu a fazenda do brasileiro Valmir de Campos, 48, em San Pedro, e o executou com 11 tiros.

Caminhonetes e máquinas agrícolas foram queimadas. Na fazenda, a polícia paraguaia encontrou um panfleto assinado pelo EPP, exigindo o fim do plantio de soja e do desmatamento na região.

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