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Interior

No setor de celulose, mulheres ganham espaço e fazem a diferença em MS

De tratorista a motorista de tritrem, elas se orgulham da profissão, em espaço dominado por homens

Por Kamila Alcântara | 08/03/2025 08:28
No setor de celulose, mulheres ganham espaço e fazem a diferença em MS
Guarani-kaiowá, Agda Maria Silva é tratorista em uma indústria de celulose (Foto: Divulgação)

A indústria de celulose foi responsável por 56% das exportações de Mato Grosso do Sul apenas em janeiro deste ano, consolidando-se como um dos principais setores econômicos do Estado. No Dia Internacional da Mulher, a data é oportunidade para dar voz às trabalhadoras que ajudam a manter essa potência produtiva.

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No setor de celulose em Mato Grosso do Sul, mulheres estão ganhando espaço e se destacando em funções tradicionalmente masculinas. Agda Maria Silva, da etnia guarani-kaiowá, opera tratores na Eldorado Brasil e planeja dirigir caminhões-pipa. Letícia Rios de Lima dirige um tritrem, mostrando que mulheres podem ocupar qualquer espaço. No viveiro da MS Florestal, mais de 140 mulheres trabalham no desenvolvimento de florestas plantadas, contribuindo para a preservação ambiental e o crescimento econômico da região. Essas histórias destacam a força e a capacidade das mulheres na indústria de celulose.

Agda Maria Silva, de 32 anos, da etnia guarani-kaiowá, trilha seu caminho na área florestal da Eldorado Brasil, em Três Lagoas, a 327 km de Campo Grande. Ela começou como ajudante, se especializou e, hoje, opera tratores na empresa.

“Algumas pessoas pensam que ser tratorista é coisa de homem, e a gente mostra que não. A mulher pode estar onde quiser. Meu sonho agora é aprender cada vez mais e, quem sabe, um dia, chegar a dirigir um caminhão-pipa?”, planeja Agda. Ela faz parte do grupo de oito mulheres que participaram de um curso exclusivo para tratoristas, oferecido pela empresa em 2024.

No setor de celulose, mulheres ganham espaço e fazem a diferença em MS
Letícia Rios de Lima é motorista de um caminhão tritrem (Foto: Divulgação)

Já Letícia Rios de Lima, de 35 anos, domina as estradas ao volante de um tritrem, caminhão de nove eixos com 30 metros de comprimento e capacidade para transportar 74 toneladas.

“Ser motorista de tritrem é uma grande conquista para nós, mulheres, porque estamos ocupando um espaço que antes era exclusivo dos homens. Podemos mostrar nossa força para toda a sociedade. Damos conta e fazemos bem feito”, orgulha-se.

Trabalho e preservação - Em Água Clara, a 193 km da Capital, o viveiro da empresa MS Florestal conta com mais de 140 mulheres envolvidas no desenvolvimento de florestas plantadas, na preservação ambiental e no crescimento econômico e social da região.

Uma delas é Jaiane Santos Moreira, de 26 anos, técnica agropecuária que deixou a Paraíba em busca de oportunidades no Estado.

“Nunca tive medo do novo, gosto de desafios. Avisei minha mãe que me mudaria, e ela sempre me apoiou. Trabalhar no viveiro é uma experiência que agrega muito ao meu currículo. Além disso, consegui voltar a estudar sem a preocupação de chegar ao fim do mês sem dinheiro. Aqui, me sinto amparada”, destaca.

No setor de celulose, mulheres ganham espaço e fazem a diferença em MS
Jaiane Santos Moreira é técnica agropecuária em viveiro (Foto: Divulgação)

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