Para MPE, Tribunal de Justiça deve negar liberdade ao Maníaco da Cruz
Pedido de habeas corpus, que ainda não teve análise definitiva, teve laudo psiquiátrico anexado. Jovem que matou 3 em 2008 segue internnado em Ponta Porã
O MPE (Ministério Público Estadual) manifestou-se contrário à concessão de liberdade a Dionathan Celestrino, de 19 anos, que ficou conhecido como o Maníaco da Cruz, em 2008, após matar três pessoas em Rio Brilhante. A manifestação do procurador Hudson Kinashi foi anexada ao habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública em outubro, após vencer o prazo legal de internação, que é de 3 anos.
Nesse período, o Maníaco ficou internado em Ponta Porã, na Unei (Unidade Eduacional de Internação), onde permanece, enquanto a Justiça não define o futuro dele.
O pedido de liberdade, segundo a Defensoria explicou, foi feito estritamente para cumprir a lei, que não permite adolescentes infratores internados por tempo superior a 3 anos. Como não houve manifestação à solicitação feita inicialmente à Vara de Infãncia e Juventude em Ponta Porã, foi impetrado no habeas corpus no TJ.
No dia 11 de novembro, o desembargador Romero Osme Dias Lopes, responsável pelo caso, rejeitou a liminar para dar liberdade a Dhionatan.
Antes disso, ele pediu mais informações à Vara de origem do processo para se manifestar.
Agora, o caso aguarda o julgamento de um colegiado. No dia 18 de novembro, o rapaz foi levado para Dourados, paraa um laudo psiquiátrico.
O processo no TJ teve um laudo anexado, mas não há informação se se trata, já, dos exames feitos em Dourados, pelo psiquiatra Pedro Leopoldo de Araújo. No dia, ele afirmou que o quadro sugeria psicopatia.
O MPE quer que o Maníaco seja mantido internado, por meio de medida de interdição. Como o processo corre em segredo de Justiça, os detalhes não são informados.