Paraguai faz mega ação contra roças de maconha, mas apreensões só aumentam
Em 3 dias, Nova Aliança já destruiu 589 toneladas da droga perto de Mato Grosso do Sul
Em três dias, a 24ª edição da Operação Nova Aliança, desencadeada na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, já destruiu quase 600 toneladas de maconha. Esse montante inclui a erva ainda em fase de cultivo – cortada, empilhada e queimada ali mesmo na roça – e a droga já embalada, encontrada nos acampamentos mantidos pelos traficantes.
Concentrada nos arredores de Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande, a operação conta com agentes especiais da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), membros da Força-Tarefa Conjunta (formada por militares das forças armadas paraguaias) e tem apoio de quatro helicópteros da Polícia Federal brasileira.
Segundo balanço parcial divulgado hoje (26) pela Senad, nos três primeiros dias foram destruídos 192 hectares de cultivos de maconha, 4.520 quilos da droga pronta e 34 acampamentos.
As lavouras queimadas renderiam outras 585 toneladas – média de três toneladas por hectare. O prejuízo estimado aos traficantes é de 17,6 milhões de dólares.
O trabalho para erradicar lavouras de maconha é feito pelas equipes de solo e pelo ar, com os helicópteros da PF usados para identificar os plantios.
Veja o vídeo (parte foi gravada sem som):
Enquanto o Paraguai, com apoio brasileiro, tenta reduzir ao máximo o cultivo da maconha na fronteira, as apreensões aumentam a cada ano em Mato Grosso do Sul. No ano passado, a quantidade de drogas retidas pela polícia foi recorde e 2021 deve seguir o mesmo padrão, superando em muito o volume apreendido em 2020.
Só o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) já apreendeu 46,5 toneladas de maconha do dia 1º de janeiro até hoje. O aumento em relação ao mesmo período do ano passado é de pelo menos 390% – foram 9,5 toneladas apreendidas nos dois primeiros meses do ano passado.