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Interior

PF monitorou suspeitos por cem dias para apurar fraudes em Corumbá

Aline dos Santos | 04/06/2012 17:29
Prefeitura de Corumbá ficou fechada durante operação. (Foto: Anderson Gallo/Diário Online)
Prefeitura de Corumbá ficou fechada durante operação. (Foto: Anderson Gallo/Diário Online)

A operação Decoada, realizada pela PF (Polícia Federal) na última quinta-feira, monitorou por mais de cem dias os suspeitos de desviar dinheiro e direcionar licitações em Corumbá.

De acordo com o delegado Alexandre do Nascimento, agora está sendo feita a triagem dos documentos apreendidos, que serão encaminhados à perícia em Campo Grande e à CGU (Controladoria-Geral da União).

Na operação Decoada, foram presos o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; o ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Rodolfo Assef Vieira, que deixou o cargo para disputar as eleições; o assessor de gabinete, Carlos Porto; e a gerente II da Secretaria de Gestão Governamental, Camila Campos Carvalho Faro. Todos já estão em liberdade. A operação fechou a prefeitura de Corumbá e apreendeu documentos no Hospital de Caridade.

O secretário de Finanças e Porto foram afastados de suas funções pela Justiça. A lista de afastamentos ainda inclui o secretário municipal de Saúde, Lauther Serra; diretor da junta interventora do Hospital de Caridade, Vitor Salomão Paiva; e os servidores Osana de Lucca, Márcio Androlage Chaves e Maria Vitória da Silva.

As prisões e afastamentos foram por indícios de participação no esquema para lesar os cofres públicos. Ainda não foi determinado o tamanho do prejuízo, contudo, as fraudes envolvem milhões de reais em recursos federais. Escutas telefônicas apontam indícios de fraudes na área de Saúde e superfaturamento de show.

Segundo o prefeito Ruiter Cunha (PT), vários casos apontados como fraudes licitatórias e desvio de verbas pela CGU já foram rebatidos e esclarecidos pelos técnicos da prefeitura de Corumbá.

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