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Interior

PMs também são presos em investigação sobre assassinato de ex-vereador

Policiais militares se entregaram após saberem que eram alvos de mandados de prisão temporária (30 dias)

Por Anahi Zurutuza | 17/05/2024 14:35
Bruno César Malheiros dos Santos, 33, preso nesta manhã, em foto tirada no dia de festa, com crachá que diz "Produção" (Foto: Reprodução dos autos de processo)
Bruno César Malheiros dos Santos, 33, preso nesta manhã, em foto tirada no dia de festa, com crachá que diz "Produção" (Foto: Reprodução dos autos de processo)

Os policiais militares suspeitos de matar o ex-vereador, Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital, de 40 anos, estão presos. Alvos de operação conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), nesta sexta-feira (17), Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, 41, e Bruno César Malheiros dos Santos, 33, se entregaram depois de serem comunicados das ordens de prisão temporária (30 dias) dadas pelo juiz Luciano Pedro Baladelli, da 1ª Vara da Comarca de Anastácio.

O advogado Lucas Arguelho Rocha, que representa os dois PMs, os clientes “apresentaram-se espontaneamente para cumprimento dos mandados de prisões temporárias”. Ele acredita, assim como Valdeci e Bruno, que tudo será esclarecido. “Acreditam e confiam no Poder Judiciário, e tão breve será elucidado o ocorrido, e assim confirmada as versões dos mesmos, que agiram no estrito cumprimento do dever legal e em clara legítima defesa”, afirma o defensor.

Lucas Arguello prefere não informar em qual cárcere os clientes estão custodiados. “Por questões de segurança, não posso dizer onde estão e para aonde vão. Mas eu já fiz a apresentação e inclusive já avisei o magistrado”.

De acordo com o Gaeco, além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos hoje três ordens de busca e apreensão, nas casas dos PMs e do ex-prefeito de Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB). Os endereços vasculhados são nas “irmãs” Anastácio e Aquidauana.

Douglas, que tem planos de voltar ao comando da cidade em 2025, se vencer as eleições deste ano, acabou preso em flagrante por posse ilegal de armas e munições. Foram apreendidas na residência do ex-prefeito duas carabinas, calibre 22 e 38, uma pistola 9 milímetros, um carregador e 14 munições, tudo sem documentação.

No início da tarde de hoje, Douglas se manifestou através de nota enviada à imprensa pela assessoria de imprensa.

Veículo do Gaeco em frente à casa de Douglas Figueiredo, em Anastácio, nesta manhã (Foto: Gaeco/Divulgação)
Veículo do Gaeco em frente à casa de Douglas Figueiredo, em Anastácio, nesta manhã (Foto: Gaeco/Divulgação)

O caso – Dinho foi morto na BR-262, no fim da tarde da última quarta-feira, 8 de maio, logo após brigar com o ex-prefeito durante festa de comemoração do aniversário de 59 anos de Anastácio, em uma chácara próxima à rodovia.

Segundo relataram testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com o Figueiredo na festa. A briga começou depois que o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou que lançaria o tucano pré-candidato pelo partido, e foi separada por outros frequentadores.

O ex-vereador foi retirado do local, mas voltou armado e fez ameaças. Foi quando os policiais decidiram abordá-lo.

Testemunhas afirmam que os dois trabalham como seguranças de Douglas, mas ambos negam e alegam que estavam na festa por motivos diferentes. Valdeci explicou que foi convidado por amigo e Bruno afirmou em depoimento que estava de folga e fez parte da produção da banda contratada para animar a comemoração.

Conforme os depoimentos de Valdeci e Bruno, Dinho Vital reagiu e houve troca de tiros. A vítima, contudo, levou um tiro nas costas. O Fiat Toro ficou com o pneu furado às margens da rodovia e uma arma foi encontrada próxima ao corpo.

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