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Interior

Prefeito de Corumbá espera decreto de emergência para, no máximo, 48h

Cortina de fumaça formada na cidade causa problemas respiratórios e atendimentos aumentam em 40% nos postos de saúde

Maressa Mendonça e Tainá Jara | 11/09/2019 16:01
Combate ao fogo na zona rural de Corumbá. (Foto: Prevfogo)
Combate ao fogo na zona rural de Corumbá. (Foto: Prevfogo)

A fumaça das queimadas que ocorrem em Corumbá, distante a 419 km de Campo Grande, aumentou em 40% o número de atendimentos nos postos em decorrência de problemas respiratórios. Com isto, o prefeito Marcelo Iunes (PSDB) espera que o Governo do Estado publique, em até 48 horas, decreto sobre a situação de emergência no município. A ideia é reivindicar liberação de recursos federais para tentar resolver a questão.

Iunes está em Campo Grande nesta quarta-feira (11), onde participa de reunião sobre questões relacionadas às demarcações dos municípios de Ladário e Corumbá. Em entrevista ao Campo Grande News, ele disse que “se não tiver ajuda do Governo Federal vai ficar muito difícil” resolver a questão das queimadas no município.

Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a cidade pantaneira lidera o ranking de queimadas no Brasil, com 3.137 focos. Além do decreto de emergência, a ideia é pedir auxílio do Exército para combater as chamas. Segundo Iunes, hoje são 30 homens do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), além de bombeiros e servidores da Defesa Civil trabalhando no combate, mas o número é insuficiente.

Outra questão citada pelo prefeito é a sobrecarga da rede de saúde. “É prejuízo para o município porque estamos gastando mais com médico, mais com remédio e tem comprar”, disse, reforçando a ideia de “fazer o que está ao alcance”, mesmo se tratando de uma responsabilidade também de outras esferas: estadual e federal.

Sobre a “cortina de fumaça” formada em decorrência das queimadas, Iunes comentou que a situação é ainda pior nas proximidades da Bolívia, país na fronteira com o município pantaneiro. “ É uma problemática de todo ano, mas esse ano a situação está bem crítica”.

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