ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 31º

Interior

Promotor pede para PF investigar recusa de pacientes em hospital

Denúncia é que HU de Dourados teria recusado pacientes por 26 vezes em dois dias no mês de junho, mesmo tendo vagas

Helio de Freitas, de Dourados | 19/07/2016 07:08
Hospital Universitário de Dourados (Foto: Arquivo)
Hospital Universitário de Dourados (Foto: Arquivo)

O Ministério Público Estadual pediu para a Polícia Federal abrir inquérito para investigar suposta omissão de socorro por parte do HU (Hospital Universitário) de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A denúncia aponta recusa de pacientes, mesmo existindo leitos disponíveis no hospital da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que atende através do SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com o promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior, que solicitou a abertura de inquérito, o MPE recebeu relatos de 26 tentativas de transferência de pacientes em estado grave para o HU nos dias 16 e 17 de junho. A recusa teria ocorrido mesmo com 24 leitos desocupados, o que, além da omissão de socorro, pode configurar crime de falsidade ideológica.

Os pedidos de transferência de pacientes para o HU foram feitos pela Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida. Já os leitos vazios no mesmo período em que as vagas foram negadas foram constatadas em vistoria do Conselho Municipal de Saúde.

Ao jornal O Progresso, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado, disse ter fotografias comprovando os leitos vazios, contrastando com o drama de pacientes que precisam de vagas.

Nesta quarta-feira (20), às 14h, o Conselho de Saúde faz reunião extraordinária para avaliar a situação e discutir também a decisão do município de renunciar à gestão plena dos recursos de saúde e devolver os serviços de média e alta complexidade para o Estado e para a União.

Em nota encaminhada ao jornal douradense, o HU justificou que a regulação de leitos para internação é feita pela central municipal, que recebe diariamente o mapa de leitos do hospital e “tem conhecimento da possibilidade de recebimento, ou não, de novos pacientes”.

Nos siga no Google Notícias