Riedel determina "rigorosa investigação" após invasão em fazenda de Caarapó
Governador diz que irá identificar responsáveis por aliciar e manipular indígenas de boa-fé
O governador do Estado, Eduardo Riedel, disse que determinou “rigorosa investigação” para punir os responsáveis pela invasão na Fazenda Ipuitã, em Caarapó, a 274 quilômetros de Campo Grande, ocorrida ontem, que culminou na expulsão do caseiro e no incêndio de áreas da propriedade rural, atingindo maquinário e plantações.
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Invasão em fazenda de Caarapó, Mato Grosso do Sul, resultou em incêndios e danos materiais após conflito entre indígenas Guarani-Kaiowá e proprietários rurais. O governador Eduardo Riedel determinou investigação rigorosa para identificar e punir os responsáveis. O caso envolve versões conflitantes: a Polícia Militar relata presença de 50 indígenas armados, enquanto o Conselho Indigenista Missionário alega que a ocupação ocorreu após suposto sequestro de uma jovem indígena de 17 anos por funcionários da fazenda. A área está sob monitoramento das forças de segurança.
Em nota divulgada no Instagram, o governador diz que as forças de segurança já estão agindo para identificar “estas organizações de aliciamento, manipulação e exploração da boa-fé de um número reduzido de indígenas”.
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O governador afirmou que é importante separar os “grupos criminosos da imensa maioria das comunidades indígenas, atendidas por políticas públicas efetivas”. Riedel diz que não irá retroceder no combate efetivo “aos que alimentam o caos, criam dissensões, exploram a miséria”.
A ação aconteceu ontem, envolvendo indígenas guarani-kaiowá. Segundo uma moradora de propriedade vizinha, que preferiu não se identificar, a ocupação começou por volta das 4h da manhã. A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) relatou que recebeu um chamado via 190, informando a presença de cerca de 50 indígenas armados, que teriam expulsado o caseiro e iniciado o incêndio.
O CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que acompanha o caso, afirma em publicação nas redes sociais que uma jovem de 17 anos foi sequestrada e que, imediatamente, a suspeita recaiu sobre funcionários da fazenda, além de negar que houvesse 50 indígenas armados no local. "A jovem acabou sendo resgatada na sede da fazenda. Revoltados, os Guarani e Kaiowá decidiram não mais sair do local", afirma.
A nota enviada pela PMMS não menciona o sequestro da jovem indígena, mas informa apenas que equipes da PM e do Corpo de Bombeiros foram até o local “para dar apoio ao comunicante e restabelecer a tranquilidade diante da situação de risco à segurança das pessoas e à ordem pública”, conforme nota oficial.
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