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Interior

Scanner e cães farejadores são usados para “limpeza” em presídio

Homens do Exército e da Polícia Militar estão fazendo varredura em celas da PED, cercada por blindados e carros de combate

Helio de Freitas, de Dourados | 17/05/2017 10:34
Operação conjunta vai durar o dia todo na penitenciária de Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Operação conjunta vai durar o dia todo na penitenciária de Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Todos os 2.500 preso da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) estão sendo retirados das celas por homens do Exército e do batalhão de choque da Polícia Militar durante a Operação Poti Porã, que em guarani significa limpeza. Cães farejadores e equipamentos de scanner são usados pelos militares.

O pente-fino começou por volta de 7h de hoje (17) e cumpre decreto do presidente Michel Temer, que em janeiro deste ano autorizou as Forças Armadas a atuarem nos presídios brasileiros.

A PED fica na margem da BR-163, na saída para Campo Grande e por enquanto o trabalho segue tranquilo, segundo o comando. Ação semelhante ocorreu na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, em fevereiro deste ano.

Enquanto os militares vasculham as celas em busca de armas, parte da tropa permanece do lado de fora do presídio, onde foi montado um centro de comando. Carros de combate, blindados, ônibus, veículos de socorro médico e viaturas da polícia estão no entorno da PED.

O tenente-coronel PM Oéliton Figueiredo, porta-voz da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, e o coronel Marcelo Costa Lima, chefe do Estado Maior da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, falaram sobre a operação, como mostra vídeo abaixo.

De acordo com o Exército, a operação atende solicitação do governo de Mato Grosso do Sul e tem por finalidade manter a “situação de paz, tranquilidade e normalidade”.

A operação envolve tropas do Exército Brasileiro, agentes da Polícia Rodoviária Federal, do Batalhão de Choque da PM e da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Com uso da tecnologia do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), a ação procura armas, aparelhos de celular, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos.

Também estão sendo utilizadas viaturas de comando e controle com acesso à internet e ligação via rádio com os militares que executam as vistorias e helicópteros com transmissão direta de vídeo através do Sistema Olho da Águia.

Através do sistema de transmissão de vídeo individual por rádio, cada militar que faz a vistoria no presídio gera imagens em tempo real para os terminais das viaturas de comando e controle.

Cães farejadores, aparelhos de scanner, detectores de metal e drones também estão sendo usados na operação em Dourados.

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