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Interior

Sem reajuste, professores iniciam greve por tempo indeterminado dia 21

Helio de Freitas, de Dourados | 16/08/2017 14:15
Professores saíram em passeata após aprovarem greve (Foto: Divulgação)
Professores saíram em passeata após aprovarem greve (Foto: Divulgação)

Sem reajuste salarial e reclamando da perda de outros direitos, professores e servidores administrativos da educação entram em greve dia 21 deste mês em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A decisão foi tomada em assembleia hoje (16) no CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (PR).

A Rede Municipal de Ensino de Dourados tem 30 mil estudantes em 45 escolas e 36 Ceims (Centros de Educação Infantil Municipal).

De acordo com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), a greve por tempo indeterminado foi aprovada por falta de acordo com a prefeitura, que não apresentou nenhuma proposta de reajuste, apesar de a negociação se arrastar desde maio.

Além da falta de reajuste do piso nacional, os educadores denunciam redução de salários, corte de direitos e dificuldades para negociar as demandas da educação com a atual administração. Profissionais da educação indígena relataram dificuldades relacionadas ao ensino público nas aldeias.

A principal reivindicação dos educadores é cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério, com reajuste de 7,64% e mesmo percentual para os servidores administrativos, com pagamento de valores retroativos relativo a abril.

“A categoria aguardou duas solicitações de tempo, por meses, para que a administração efetuasse estudos orçamentários. Porém, durante a negociação com o Simted, nenhuma proposta concreta (com percentuais e/ou datas para cumprimento das leis) foi efetuada pelo governo municipal”, afirma o sindicato.

A prefeitura ainda não se manifestou após a assembleia que decidiu pela greve. Antes, Délia Razuk tinha afirmado que se houvesse greve não seria por falta de negociação e “clareza nas exposições” da administração.

A prefeita considera a reivindicação dos educadores “legítima”, mas “inoportuna, diante da realidade econômica do município, que não permite atender, nesse momento, as reivindicações da categoria”.

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