Suspeito de matar padre para roubar carro é transferido para penitenciária

Leanderson de Oliveira Júnior, de 18 anos, foi transferido nesta segunda-feira (17) para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados), em Dourados, município a 251 quilômetros de Campo Grande, após ser apontado como responsável pela morte do padre Alexsandro da Silva Lima, em crime ocorrido na noite de sexta-feira (14), na casa da vítima, com golpes de marreta e facadas, motivados pela intenção de roubar o carro do religioso.

Outro suspeito, adolescente de 17 anos, continua apreendido na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Jardim Santa Maria, enquanto aguarda a abertura de vaga na Unei (Unidade Educacional de Internação). A Polícia Civil representou pela manutenção das prisões preventivas dos dois principais envolvidos, pois considera que ambos agiram com premeditação e ocultaram o corpo para atrasar as buscas.

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Conforme apurado pela reportagem, a equipe ainda analisa imagens, depoimentos e dados extraídos dos aparelhos apreendidos.

A Polícia Civil afirma que Leanderson e um adolescente de 17 anos planejaram o roubo do Jeep Renegade, pois já haviam negociado a venda do veículo por R$ 40 mil no Paraguai, e entraram na residência do padre para executar o plano. Os investigadores recuperaram o carro no sábado (15), quando localizaram o suspeito e o adolescente circulando pela cidade e encontraram com eles a marreta e a faca usadas no crime. A equipe também recolheu objetos furtados da casa e apreendeu celulares que serão periciados para confirmar as versões apresentadas.

O corpo do padre foi encontrado enrolado em um tapete ao lado de uma área de mata no Distrito Industrial, e os vestígios mostraram que a morte ocorreu dentro da residência, onde a perícia identificou marcas de sangue e sinais de luta. A polícia informou que duas adolescentes, de 16 e 17 anos, ajudaram a limpar portas e objetos após o crime, e que um terceiro jovem recolheu talheres, panelas, bebidas, ventilador e eletrodomésticos. Os três responderão por participação no pós-crime, mas permanecerão em liberdade provisória.

A versão de Leanderson sobre suposta ameaça sexual foi descartada pela polícia, que não encontrou indícios de relação afetiva ou tentativa de abuso por parte do padre. O delegado Lucas Albé Veppo explicou que o relato partiu apenas do autor e não se sustenta nas provas coletadas. A investigação indica que o objetivo do grupo era roubar o carro e os bens da casa, além de usar o imóvel para festas enquanto o padre estivesse desaparecido.