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Interior

Suspeitos de execuções na fronteira são presos com pistola e metralhadora

Thaiano Flores e Cleberson Vasques Acosta seriam “soldados” do PCC em Capitán Bado

Helio de Freitas, de Dourados | 23/03/2021 14:18
Armas, carregadores e munições encontrados com brasileiros (Foto: Divulgação)
Armas, carregadores e munições encontrados com brasileiros (Foto: Divulgação)

Dois brasileiros, supostamente membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foram presos hoje (23) em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.

Thaiano Souza Flores e Cleberson Vasques Acosta são suspeitos de envolvimento em execuções na fronteira entre os dois países. A linha internacional entre o Departamento (equivalente a Estado) de Amambay e Mato Grosso do Sul convive com assassinatos quase diários há quase cinco anos.

O comissário da Polícia Nacional Rubén Paredes informou que os dois brasileiros estavam com uma pistola Clock 9 milímetros com seletor de rajada e com uma submetralhadora Uzi do mesmo calibre, de fabricação israelense. Com eles também foram encontrados seis carregadores, munições calibres 9 milímetros e cartuchos de escopeta calibre 12.

Localizados por agentes do Departamento de Investigações, Thaiano e Cleberson são considerados bandidos perigosos e suspeitos de participação no confronto que deixou um policial morto e outro ferido no dia 1º deste mês em Sargento José Félix López, povoado conhecido como Puentesiño, no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción.

O povoado de sete mil habitantes fica a 71 quilômetros de Bela Vista (MS), mas em linha reta está situado a menos de 15 km do território sul-mato-grossense. Os dois policiais estavam na sede local da Polícia Nacional quando foram alvejados a tiros. O oficial Ramón Ávalos morreu e o suboficial Pedro Jara ficou gravemente ferido.

De acordo com o comissário Rubén Paredes, os dois também são suspeitos de outras execuções recentes em Capitán Bado. As armas encontradas com eles serão submetidas à perícia, para tentar identificar ligação nas mortes.

Em dezembro de 2015, Cleberson Acosta tinha sido preso junto com o paraguaio Derliz Gonzalez Escurra transportando 900 quilos de maconha em Amambai. A dupla chegou a trocar tiros com policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira). Cleberson foi ferido de raspão na cabeça.

Já Thaiano Souza Flores aparece como réu apenas em um processo por furto qualificado em Dourados, em 2014. Ele e o cunhado foram acusados de furtar peças de um carro que encontraram capotado em estrada da região.

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