Trio rouba dados e lucra com ingressos de shows em feira agropecuária de MS
Com dados roubados de terceiros, bandidos adquiriam ingressos e depois revendiam
A Exposul 2025, um dos eventos mais aguardados pelos moradores de Chapadão do Sul, cidade a 331 km de Campo Grande, também virou palco para criminosos que encontraram uma nova vitrine para um velho golpe: a venda de ingressos comprados com dados bancários de terceiros.
RESUMO
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Criminosos usaram dados bancários roubados para comprar e revender ingressos da Exposul 2025, em Chapadão do Sul (MS), pela metade do preço. A Polícia Civil investigou e descobriu um grupo de três suspeitos que operava a partir de uma pousada na cidade. Utilizando celulares, eles acessavam dados de vítimas, como nomes, CPFs e informações bancárias, para adquirir os ingressos. Provas como grupos de WhatsApp, planilhas e mensagens comprovam o esquema. Um dos suspeitos chegou a distribuir os ingressos no comércio local. O trio foi indiciado por estelionato e associação criminosa, e o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público. A polícia investiga se houve outras vítimas e eventos afetados.
A farsa veio à tona após denúncias de consumidores que estranharam os valores muito abaixo dos preços oficiais. Por trás da "promoção imperdível", estava um grupo articulado, hospedado em uma pousada da cidade, que usava dados pessoais de vítimas, como nomes, CPFs e informações bancárias, para comprar ingressos e revender pela metade do preço.
A investigação da Polícia Civil revelou que os três suspeitos atuavam em conjunto. Em celulares apreendidos, havia provas claras da fraude: grupos no WhatsApp voltados exclusivamente à comercialização ilegal de ingressos, planilhas com dados de vítimas e trocas de mensagens em que negociavam entradas como se vendessem qualquer produto comum.
Em um dos casos, uma compra de R$ 1.788 foi contestada por uma das vítimas, valor que nunca saiu do bolso dela, mas que custeou o ingresso de alguém que provavelmente nem sabia da origem do bilhete.
Segundo a polícia, um dos envolvidos chegou a Chapadão do Sul antes do início da festa para espalhar os ingressos no comércio local e atrair compradores desavisados. Os outros dois coordenavam a parte digital, operando as fraudes de dentro dos celulares, onde estavam as pistas de todo o esquema.
Com base nas provas, o trio foi indiciado por estelionato e associação criminosa. O inquérito já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de outras vítimas ou eventos terem sido alvo do mesmo golpe.
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