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Cidades

Manifestantes farão "velório" da CLT em Campo Grande nesta sexta-feira

Osvaldo Júnior | 08/11/2017 17:24
Manifestação no centro de Campo Grande; na sexta-feira haverá novos atos (Foto: Divulgação)
Manifestação no centro de Campo Grande; na sexta-feira haverá novos atos (Foto: Divulgação)

Centrais sindicais organizam para sexta-feira (dia 10) manifestações em todo o país contra as reformas do governo federal. No chamado “ Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos”, está programado, em Campo Grande, o “velório” da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O ato será realizado a partir das 10h no cruzamento da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena.

“Muitos direitos dos trabalhadores foram usurpados nesses últimos meses. Por isso, vamos manifestar nossa indignação, sepultando a CLT que foi drasticamente modificada”, afirma José Lucas da Silva, p coordenador da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

Estevão Rocha dos Santos, presidente do Seaac/MS e diretor da Força Sindical regional MS, informou que haverá, na sexta-feira, diversas manifestações em Campo Grande e interior do Estado.

As atividades começam às 8h com a paralisação da Eletrosul, que faz parte do sistema Eletrobras e que está no pacote de privatizações do governo federal. Às 9h, haverá ato em frente à Caixa Econômica Federal, na Rua Barão do Rio Branco, contra a privatização dos bancos. Às 10h, ocorrerá o “velório” da CLT. Às 16h, estão marcadas panfletagem no centro.

Na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), as manifestações têm início ainda mais cedo. As ações, segundo ele, vão ocorrer a partir das 6h30 com panfletagem no Arco da Reitoria. Outras atividades estão programadas durante o dia na universidade.

NOVAS REGRAS – Essas manifestações ocorrerão um dia antes da entrada em vigor da Reforma Trabalhista, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Temer, sem o apoio popular, que será a maior prejudicada nesse processo.

“A partir de sábado (11) as reformas entram em vigor em todo o país e isso será de um prejuízo muito grande para todas as classes de trabalhadores desse país”, afirma Antônio César Amaral Medina, coordenador administrativo do Sindjufe/MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União).

“A reforma trabalhista precariza as relações de trabalho e dá poderes aos patrões para negociarem o que quiserem com seus empregados”, explica Medina. Ele adverte que virá daí o aumento da jornada de trabalho, a redução dos salários; o encolhimento do horário de almoço e o fim do 13º salário e das férias. Será o caos para os trabalhadores, afirma.

O Comitê Sindical Contra as Reformas reforça o convite à comunidade para que todos participem das atividades nesse dia de protesto marcado para esta sexta-feira em Campo Grande, interior de MS e em todo o País.

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