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Cidades

Para "fugir de holofotes", suspeita de matar marido se entrega no interior

Suspeita estava foragida desde sexta-feira (1º), quando o corpo do marido foi encontrado na casa em que moravam

Geisy Garnes | 05/12/2017 17:53
Dirléia se apresentou na tarde desta terça-feira em Aquidauana (Foto: Luiz Maique/TopMídiaNews)
Dirléia se apresentou na tarde desta terça-feira em Aquidauana (Foto: Luiz Maique/TopMídiaNews)

Dirléia Patricia Monteiro Paes principal suspeita do assassinato do marido se apresentou na tarde desta terça-feira (5) a Polícia Civil de Aquidauana - a 100 quilômetros de Campo Grande. A mulher deveria prestar depoimento na 6ª Delegacia de Polícia da Capital, mas segundo a defesa explicou ao delegado, escolheu o interior “para fugir dos holofotes”.

Segundo o delegado Valmir de Moura Fé, responsável pelo caso, a defesa da suspeita se comprometeu a levá-la a delegacia às 14 horas desta terça-feira. Dirléia deveria explicar os motivos da briga que teve com o marido, o corretor Ivan Júnior Marquesan da Cunha, de 55 anos, no dia do crime, e detalhar o homicídio, que aconteceu na madrugada do dia 1º.

Após mais de uma hora de espera, o delegado entrou em contato com a defesa da suspeito e foi informado que a Dirléia havia se apresentado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana. “O advogado explicou que ela está muito abalada e que para fugir dos holofotes preferiu se apresentar no interior”, revelou Moura Fé.

Na cidade a 100 quilômetros de Campo Grande, a suspeito chegou acompanhada de dois advogados e precisou esperar para falar com o delegado titular da delegacia, Eder Oliveira Moraes. Com o interrogatório, a polícia espera esclarecer alguns pontos da investigação. “Qual a participação dela, se existem outros envolvidos, se fez exames de corpo de delito e se não, porque não fez”, lembrou o delegado.

Delegado Valmir de Moura Fé, responsável pela caso (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Valmir de Moura Fé, responsável pela caso (Foto: Marcos Ermínio)

Defesa - Dirléia ainda não foi ouvida, mas na tarde desta segunda-feira (4) o advogado da mulher, André Bueno Guimarães, afirmou ao delegado que a cliente foi agredida pelo marido. Por fotos, ele mostrou a Moura Fé lesões no corpo da suspeita, segundo ele, causados pela vítima no dia do crime.

Horas antes do corpo de Ivan Júnior ser encontrado, advogados de Dirléia procuraram a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar um boletim de ocorrência por lesão corporal, contra o corretor. O registro afirmava que o casal teria discutido por volta das 2 horas da manhã de sexta-feira (1º).

Na briga, a mulher teria sido agredida gravemente. Conforme o delegado, na casa em que o crime aconteceu foram encontrados sinais de luta, objetos danificados e vidros quebrados.

Roubo - Em depoimento, a filha mais velha de Ivan afirmou que no dia do crime a imobiliária do pai foi roubada e de lá R$ 200 mil foram levados. Imagens de câmeras de segurança do local mostram Dirléia entrando no estabelecimento do marido por volta das 3 horas da manhã. Segundo Maura Fé, ela deixa o prédio pouco depois, com uma mochila nas costas.

Se a situação for confirmada, ao final do inquérito, a tipificação pode mudar para latrocínio - roubo seguido de morte.

O caso - Ivan foi morto a golpes de taco de beisebol - objeto encontrado pela polícia ao lado do corpo. O corretor foi encontrado já sem vida pela filha por volta das 10 horas, que após estranhar o sumiço do pai acionou a polícia.

Ainda conforme o delegado, as imagens de câmeras de segurança da casa da vítima foram deletadas e agora a perícia tenta recuperar as gravações para comprovarem o crime e a autoria do homicídio.

Crime aconteceu no dia 1º de Dezembro, na casa em que o casal morava (Foto: Geisy Garnes)
Crime aconteceu no dia 1º de Dezembro, na casa em que o casal morava (Foto: Geisy Garnes)
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