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Cidades

Polícia Federal rebate acusações, “desmentindo” fazendeiros e CIMI

Ângela Kempfer | 20/05/2013 11:59
Indios estão na área desde quarta-feira.
Indios estão na área desde quarta-feira.

Em nota divulgada há pouco, a Polícia Federal tenta explicar os motivos que impediram até agora o cumprimento ordem de reintegração de posse na fazenda Buriti, em Sidrolândia e rebate acusações feitas por ruralistas e membros do Conselho Indigenista Missionário sobre abuso de poder de policiais no último sábado.

Segundo a PF, não houve a retirada a força dos terena que estão na área desde a última quarta-feira em razão, principalmente, da “presença de dezenas de crianças e adolescentes, bem como de mulheres, algumas grávidas, e de idosos”.

No domingo, a Famasul divulgou nota reclamando da demora e da prisão do ex-deputado Ricardo Bacha, retirado da fazenda contra a vontade. Segundo os ruralistas, a sede da propriedade havia sido, inclusive, invadida. Mas a Polícia Federal desmente a versão dos proprietários.

“Comissão formada por representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal, após vistoria, constatou que o prédio sede da fazenda Buriti não foi invadido, saqueado ou depredado”

Mas o principal alvo da nova oficial é o CIMI (Conselho Indigenista Missionário). Na avaliação da Polícia, a presença de membros do Conselho prejudica as negociações.

“As diversas reuniões ocorridas com lideranças indígenas em busca da solução pacífica da crise não chegaram ao resultado esperado, especialmente em razão da presença de indivíduos estranhos à comunidade indígena, que se apresentaram como sendo representantes do CIMI e da COPAI/OAB/MS (comissão indígena da OAB), apontados pelos próprios indígenas como os motivadores do agravamento da ocupação e os estimuladores da desobediência à ordem judicial vigente”.

A PF segue informando que os representantes da comunidade indígena, do CIMI e da COPAI/OAB foram notificados sobre o iminente cumprimento da ordem judicial, com eventual uso da força estritamente necessária, “bem como alertados sobre a possibilidade de futura responsabilização, inclusive criminal, em caso de feridos, em especial de crianças e adolescentes levados até a área em disputa”.

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