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Cidades

Radares não inibem abusos e mortes crescem 26,7% nas rodovias de MS

Viviane Oliveira e Mariana Lopes | 22/07/2013 16:49
Gilberto acha que deveria ter radar móvel para aumentar o volume de multa, pois só assim o condutor diminuiria a velocidade nas rodovias. (Foto: Marcos Ermínio)
Gilberto acha que deveria ter radar móvel para aumentar o volume de multa, pois só assim o condutor diminuiria a velocidade nas rodovias. (Foto: Marcos Ermínio)

Após a instalação de novos radares, houve aumento de 26,7% no número de mortes em acidentes de trânsito nas rodovias federais que cruzam o Estado, Mato Grosso do Sul. O número de acidentes também cresceu 6,2%, comparando-se o primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado, de acordo com o levantamento da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

De acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), em todo Estado são 52 equipamentos de redução de velocidade. Em abril deste ano, foram instalados seis radares, dois na BR-262 próximo a entrada de Terenos e quatro entre Miranda e a ponte do rio Paraguai. Nos dois pontos, o limite de velocidade é de 80 km/h.

No entanto, apesar dos redutores de velocidade nos perímetros urbanos e ao longo dos 3,5 mil quilômetros das BRs, o número de mortes cresceu 26,7%, de 101, de janeiro a junho do ano passado, para 128 no mesmo período deste ano.

Segundo a PRF, a questão dos radares, salvo algumas exceções, são equipamentos instalados em perímetros urbanos com intuito principal da redução da velocidade para evitar atropelamento, no trecho onde tem um número maior de pedestre circulando ou atravessando a rodovia.

“O que provoca acidentes é a imprudência”, diz Wagner. (Foto: Marcos Ermínio)
“O que provoca acidentes é a imprudência”, diz Wagner. (Foto: Marcos Ermínio)

Na opinião dos motoristas, que estão nas estradas todos os dias, a instalação de radares ajuda, mas o que diminui os acidentes é a conscientização de cada condutor. “O que provoca acidentes é a imprudência, cada um tem que ter consciência do que está fazendo”, diz Wagner Benites Pereira, 38 anos, que há 13 trabalha como caminhoneiro.

Segundo ele, o trecho da BR-262 precisa ter mais radares porque os motoristas abusam da velocidade, principalmente, os veículos de passeio. “Os motoristas de caminhão, pelo menos, a maioria, não abusa da velocidade por causa do rastreador”, afirma.

Já para Marcelo Rodrigues de Lima, 32 anos, os aparelhos deveriam ser melhor posicionados e ao longo da rodovia ser instalados radares móveis. “Tem motorista que reduz só onde sabe que tem radar, depois afunda o pé no acelerador e segue sem nenhuma prudência”, reclama.

Caminhoneiro há 21 anos, Gilberto dos Santos, de 45 anos, compartilha da mesma opinião de Marcelo. “Quem conhece a estrada sabe onde tem o radar. Para evitar acidentes deveria ter radar móvel para aumentar o volume de multa, pois só assim o condutor diminuiria a velocidade nas rodovias”, finaliza.

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