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Cidades

Vacina contra a dengue inicia fase final de testes com cadastro de voluntários

Flávia Lima | 22/02/2016 18:33

O Instituto Butantan começou, nesta segunda-feira (22), a última etapa de testes da vacina contra a dengue através do cadastro de 2 mil voluntários no Estado de São Paulo.

Segundo informações do site UOL, o cadastro vai começar na capital paulista, mas será estendido progressivamente a outros quinze centros médicos do país até que o número total seja atingido. Ao todo, treze cidades de doze Estados irão cadastrar voluntários. A assinatura do convênio entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, que vai garantir a continuidade dos estudos, ocorreu na tarde desta segunda-feira.

Ao todo serão investidos R$ 100 milhões nos próximos dois anos. Nesta terceira etapa serão necessários 17 mil voluntários entre 2 e 59 anos, que devem se dispor a passar pelos testes clínicos, já aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Conforme o Portal da Saúde, o governo federal pretende investir R$ 300 milhões nos estudos do Butantan. Além dos recursos do Ministério da Saúde, estão sendo analisados outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e R$ 100 milhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).

Após os testes, a vacina deverá ser protocolada na Anvisa, que irá atestar a qualidade, eficácia e segurança do medicamento. A previsão é que as doses estejam disponíveis nos postos de saúde em dois anos.

A vacina tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, ou seja, enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença.

Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem o participante saberá se foi aplicada a vacina ou o placebo. O objetivo é descobrir, no futuro, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.

Apesar do alto investimento na produção da vacina, a presidente Dilma Roussef destacou que a eliminação de criadouros do Aedes não deve ser esquecida e que as campanhas de mobilização devem continuar em todo o país.

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