Idosa perde mil reais em golpe do "queijo artesanal" no Jardim Colibri
Ao registrar boletim de ocorrência, na Depac Centro, filha de aposentada descobriu que não foi a primeira
A promessa era de queijo fresco e geleias caseiras, direto da chácara. Mas o que parecia uma venda inocente virou um golpe de R$ 1.000 sofrido por uma idosa de Campo Grande, que preferiu não ser identificada. A filha dela, Marisa Aguero, de 45 anos, contou ao Campo Grande News como tudo aconteceu na última sexta-feira (23), no Jardim Colibri.
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Idosa é vítima de golpe do "queijo artesanal" em Campo Grande. Uma moradora do Jardim Colibri teve prejuízo de R$ 1.000 após comprar queijo e geleia de um suposto produtor rural. O homem, acompanhado de uma criança, ofereceu os produtos na porta da casa da vítima, que acreditou na história e realizou a compra com cartão. A filha da idosa, Marisa Aguero, descobriu o golpe ao verificar a fatura e constatar o valor real da transação. O caso foi registrado na polícia, onde outras vítimas com relatos semelhantes já haviam comparecido. Câmeras de segurança registraram um homem robusto ao lado de um veículo preto, mas sem detalhes que permitam a identificação. A cobrança no cartão foi feita em nome de "Naiara Gonçalves", possivelmente uma conta laranja.
Marisa relata que a mãe, que já sofreu com tentativas de golpe anteriormente, foi abordada por um homem na porta de casa. Ele se apresentou como produtor rural, vendendo queijos e compotas caseiras ao lado do filho. “Ela me ligou pedindo para usar meu cartão, que fica com ela para alguma emergência. Disse que o rapaz parecia confiável, até deu um pedaço do queijo para ela provar”, conta.
Apesar dos alertas da filha, a idosa se convenceu da honestidade do vendedor. Ela fez a compra, supostamente no valor de R$ 50. Porém, só na segunda-feira, ao conferir a fatura do cartão, Marisa descobriu que o valor real da transação foi de mil reais.
“Minha mãe garantiu que era R$ 50. Não teve comprovante, não sabemos se foi na maquininha ou em algum celular. O golpe é tão bem feito que talvez tenham simulado o valor e alterado na hora. Quando vi na fatura, fiquei sem reação”, lamenta.
Ao ligar para o banco, Marisa foi orientada a registrar boletim de ocorrência. Na delegacia, descobriu que outras vítimas já haviam passado pela mesma situação. “O escrivão até comentou: ‘mais uma do golpe do queijo’. Aparentemente, esses golpistas já estão rodando a cidade", contou.
Ela conseguiu recuperar uma imagem de câmera de segurança da rua, onde aparece um homem com físico robusto, ao lado de um veículo preto. “Não dá pra ver placa, a imagem está borrada. Tentei com vizinhos, mas ninguém conseguiu identificar com clareza”, diz.
Segundo Marisa, aparece um nome de uma mulher no comprovante, supostamente de Dourados, o que pode ser um indicativo de conta laranja.
Apesar do prejuízo, ela agradece que não passou de um golpe financeiro. “Graças a Deus que foi ‘só’ o dinheiro. Poderia ter sido pior, se ele percebesse que minha mãe estava sozinha e invadisse a casa. Fica o alerta. Infelizmente, hoje em dia a maldade vem disfarçada de queijo artesanal", finalizou.
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