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Direto das Ruas

"Jogado de hospital em hospital", reclama família de paciente que espera biópsia

É um técnico de enfermagem de 64 anos que precisa começar tratamento para câncer de próstata

Por Cassia Modena | 20/03/2025 09:49
"Jogado de hospital em hospital", reclama família de paciente que espera biópsia
Augusto César em hospital que o recebeu após ordem judicial (Foto: arquivo pessoal)

Técnico de enfermagem aposentado, Augusto César Oliveira peregrina em Campo Grande há 20 dias para fazer a biópsia que vai permitir o início do tratamento do câncer de próstata. Ele já tem alterações diagnosticadas.

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Augusto César Oliveira, técnico de enfermagem aposentado que trabalhou por 29 anos na Santa Casa, aguarda há 20 dias para realizar uma biópsia de próstata em Campo Grande (MS). Com diagnóstico de alterações que indicam possível câncer, o paciente já passou por diversos hospitais da cidade sem conseguir realizar o exame. Após intervenção da Defensoria Pública, obteve ordem judicial para internação na Santa Casa, onde permaneceu no corredor até ser transferido para a ala particular. Segundo familiares, o exame continua pendente devido a uma greve de funcionários. A situação é agravada por possível erro no sistema do SUS, que registrou o caso como "clínica médica" em vez de "oncologia". A Santa Casa e a Secretaria Municipal de Saúde não se pronunciaram sobre o caso.

Sobrinha que entrou no revezamento da família para acompanhá-lo na busca pelo exame, a atendente de comércio Bianca Almeida falou do caso ao Direto das Ruas nesta quinta-feira (20).

"Nós estamos revoltados porque meu tio está sendo jogado de hospital para hospital depois de trabalhar 29 anos como técnico de enfermagem na Santa Casa", afirmou.

A busca de Augusto começou em um posto de saúde. Ele foi transferido para o Hospital Adventista do Pênfigo, onde ficou por uma semana até ser informado que o local não faz biópsia, segundo a sobrinha.

A família procurou ajuda na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul após saber que nenhum outro hospital da Capital poderia recebê-lo.

Uma ordem judicial mandou que paciente fosse transferido para a Santa Casa. Mas lá, Augusto teve que ficar no corredor esperando a liberação de algum leito do SUS. Também por determinação da Justiça, foi levado depois para a ala particular da Santa Casa, o Prontomed.

Até agora, o exame não foi feito. "Nos falaram que não estão fazendo exame porque tem funcionários em greve. Procurei a Defensoria pela terceira vez ontem. O caso foi jogado para a regulação de novo. Não sabemos para onde ele vai", disse.

O aposentado sente dor ao andar e Bianca pede que o exame seja feito o quanto antes, para Augusto começar o tratamento contra câncer e poder voltar para casa. "Dependemos só disso", desabafa.

A sobrinha ainda desconfia que erro no sistema de encaminhamento do SUS prejudicou o tio. "Estava como clínica médica e não oncologia, que é o que ele precisa", afirmou.

A reportagem tentou ouvir a Santa Casa e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) sobre o caso e a dificuldade em oferecer o exame, mas não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

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