Moradores sofrem com inundações e crateras após temporais
Durante chuva desta quinta-feira (23) moradores relatam terem ficados ilhados e caminhão atolado na região
A chegada da chuva ao Jardim Colúmbia tem causado grandes transtornos aos moradores do bairro. Quem vive na Rua Purús tem enfrentado inundações constantes e grandes crateras que se abrem com a força da enxurrada.
RESUMO
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A Rua Purús, no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, enfrenta graves problemas de infraestrutura durante as chuvas, transformando-se em um verdadeiro rio. Moradores, como Paulina de Paiva e Claudia Mota Ferreira, relatam inundações, crateras e lama, afetando o cotidiano e causando transtornos. Um caminhão chegou a atolar, necessitando de um trator para ser removido. A prefeitura ainda não apresentou soluções, e os moradores, cansados do descaso, clamam por melhorias urgentes. A situação é crítica, com lixo e pedras rolando pelas ruas, e a comunidade sofre com a falta de ação efetiva das autoridades.
Na manhã desta quinta-feira (23), um caminhão ficou atolado em uma vala aberta na região. Segundo a auxiliar administrativa Paulina de Paiva, de 47 anos, o resgate do veículo durou cerca de três horas e só foi possível com o apoio de um trator.
“A gente está com um problema sério aqui nessa rua. Meu esposo está desde a semana passada ligando para a prefeitura, e eles dizem que não há previsão para arrumar”, relatou Paulina.
Para tentar resolver a situação, o casal chegou a orçar o valor necessário para aterrar a cratera. “É R$ 900. Como a gente paga esse valor para, na próxima chuva, tudo ser levado embora de novo?”, questiona.
Claudia Mota Ferreira, de 40 anos, também enfrenta dificuldades sempre que chove. “É barro, é água, vira um rio, entra nas casas. A parte de baixo da rua fica completamente alagada. O que a gente vê é lixo, pedra rolando, buracos por todo lado. Não tem como viver assim", reclama.
Dona de casa e responsável por cuidar da mãe, que vive em um ponto mais baixo da via, Claudia conta que a residência da idosa também sofre com os alagamentos. “Na casa da minha mãe entra água direto. O terreno virou um rio. Na vizinhança é a mesma coisa. A enxurrada desce com força, trazendo lixo e pedras. É horrível, um transtorno total”, desabafa.
A via, segundo ela, começa nas proximidades da Rua Pixuna. Mesmo os trechos que ainda possuem algum revestimento asfáltico estão em más condições. “Hoje mesmo, o pouco de asfalto que tem já está todo esburacado. E quem mora aqui embaixo, na Rua Purús, sente ainda mais o impacto. É lama para todo lado, e quem precisa sair de casa, como as crianças e os idosos, enfrenta um verdadeiro caos”, completa.
Para Claudia, o descaso do poder público é evidente. Ela afirma que o cascalhamento é feito apenas uma vez por ano, e ainda assim, sem resolver o problema. “Vem aqui, passa um trator, acha que resolveu. Mas basta a próxima chuva para tudo voltar como estava. E a gente que mora aqui continua sofrendo", diz.
“A gente precisa de apoio. Não tem como viver assim. Hoje mesmo, meu filho foi pegar o ônibus e voltou com o tênis coberto de barro. Isso não é vida. Não dá mais", finaliza a moradora.
Procurada pelo Campo Grande News a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que "na primeira quinzena deste mês, as equipes já atenderam algumas vias no referido bairro e já está programando retornar para atender outras vias".
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