Mulher desaparecida após sair do CAPS é encontrada perto de casa
Thamara foi reconhecida por um homem que viu o cartaz de procura nas redes sociais e acionou a família
Desaparecida desde sexta-feira (23), após sair do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Jardim São Bento, Thamara da Silva de Lima, de 31 anos, reencontrou a família neste domingo (25). Ela foi reconhecida por um homem que viu o cartaz de procura nas redes sociais.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Thamara da Silva de Lima, de 31 anos, foi encontrada neste domingo (25) após ficar desaparecida desde sexta-feira (23), quando deixou o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Jardim São Bento. Um jovem que viu o cartaz de procura nas redes sociais a reconheceu caminhando no Bairro Estrela do Sul e avisou a família. A mulher foi localizada pela prima, Priscila Brandão, e já está em casa com a mãe e as filhas. Segundo familiares, Thamara havia sido desligada do CAPS por tomar café destinado aos funcionários, versão que difere da apresentada pela Secretaria Municipal de Saúde, que afirma que ela teria saído acompanhada de uma tia em 18 de maio.
Priscila Brandão, de 32 anos, prima de Thamara, foi quem a encontrou. Um jovem que tinha visto a foto da mulher a reconheceu caminhando nas proximidades do Bairro Estrela do Sul, próximo de onde Thamara mora. Ele avisou Priscila, manteve-se por perto acompanhando o trajeto dela e enviou a localização até que a prima chegasse.
Segundo Priscila, Thamara estava bem, apesar das circunstâncias. Ela vendeu alguns pertences para conseguir se alimentar e estava sem tomar banho. Agora, já está em casa, junto da mãe e das filhas, e seguirá o tratamento com a receita recebida no CAPS.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou, por meio de nota, que Thamara teria saído do CAPS acompanhada de uma tia no último dia 18 de maio, o que contraria a versão da família. Priscila acredita que houve confusão com outra paciente, já que sua prima foi internada no dia 14 de maio e desapareceu na sexta-feira (23), após ser desligada do atendimento.
Ela confirma ainda a versão já apresentada por outros familiares, de que Thamara foi desligada do tratamento por ter tomado café destinado aos funcionários. “Estive lá na quinta-feira (22) e ela já tinha reclamado que não tinha café”, conta Priscila. Ela diz entender que o café é oferecido aos pacientes apenas no período da manhã, mas não considera isso motivo para alta da paciente.
Priscila também questiona a informação da Sesau, de que Thamara teria deixado a unidade consciente. Segundo ela, a prima fazia uso de vários medicamentos para o tratamento e, durante visitas, a família frequentemente a encontrava dopada. “Quem me garante que ela estava consciente com tanto remédio que tomava?”, indaga.
Para Priscila, o motivo dado pelo CAPS para o desligamento da paciente foi “bobo”. Ela chegou a acreditar que a saída da prima poderia ter sido por violar regras mais graves.
Ainda conforme relato da família, Thamara deixou o local acompanhada de outro interno, que vive em situação de rua e se preocupou com ela, decidindo acompanhá-la até em casa.
Priscila reconhece a importância do serviço prestado pelo CAPS, mas acredita que houve falha no atendimento.
A reportagem procurou a Sesau para esclarecer a divergência nas informações, mas a secretaria seguiu afirmando que a paciente saiu acompanhada por uma tia.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.