Família procura mulher que desapareceu após deixar CAPS em Campo Grande
Sesau afirma que paciente saiu acompanhada por tia, família nega o fato e registra boletim de ocorrência
Familiares de Thamara da Silva de Lima, de 31 anos, estão à procura da mulher, que teria desaparecido após sair do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Jardim São Bento. A mãe, Maria da Conceição da Silva, de 60 anos, registrou boletim de ocorrência na última sexta-feira (23). Ela relata que a filha deixou o centro, onde estava internada, sem acompanhamento de nenhum familiar.
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Familiares procuram Thamara da Silva de Lima, de 31 anos, que desapareceu após deixar o CAPS Jardim São Bento, em Campo Grande. A mãe, Maria da Conceição da Silva, registrou boletim de ocorrência após a filha, que estava internada para tratamento contra dependência química, ter saído da unidade sem documentos e celular. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que Thamara recebeu alta acompanhada da tia, com receitas médicas e retorno agendado. A família contesta a versão e continua em busca da mulher, que é mãe de duas crianças. Quem tiver informações pode entrar em contato pelos telefones (67) 99235-6924 ou (67) 99138-4128.
Ainda conforme a mãe, ela só descobriu que Thamara não estava mais no CAPS depois de receber uma ligação da filha, pedindo para que ela não fosse à visita agendada na sexta-feira, nem no fim de semana. No telefonema, Thamara não deu muitos detalhes, apenas disse que não poderia falar muito e que havia emprestado o celular de alguém para fazer a ligação.
Desconfiada da situação, Maria da Conceição pediu a uma sobrinha que entrasse em contato com o CAPS para buscar informações. Foi então que a família descobriu que Thamara havia recebido alta médica na manhã daquele dia, sem que fosse informado para onde ela teria ido.
A mãe conta que foi até o CAPS para entender o que tinha ocorrido e foi informada pelos funcionários de que a filha recebeu alta e deixou o local acompanhada de um homem, que também seria paciente da unidade e estaria em situação de rua.
Segundo relato da mãe, a justificativa para a alta seria o fato de Thamara ter tomado um café na cozinha da unidade, o que, segundo os funcionários, não era permitido. Ela afirma ainda que a equipe do CAPS informou que não tem obrigação de avisar previamente os familiares sobre a alta de um paciente.
A última informação que a família recebeu foi por meio do telefone utilizado por Thamara na ligação para a mãe. Ao retornarem a chamada, descobriram que o número era de um restaurante próximo ao CAPS, mas os funcionários do local disseram não saber para onde ela teria ido. Thamara é mãe de duas crianças, de seis e dez anos, e estava internada desde o dia 14 de maio, para tratamento contra a dependência química. Ela saiu da unidade sem documentos e sem celular.
Por outro lado, a versão apresentada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) diverge do relato da família. Em nota, a pasta informou que a paciente recebeu alta do CAPS acompanhada da tia, levando receitas médicas e com retorno ambulatorial agendado para o dia 18 de junho.
“A Sesau esclarece que o CAPS AD é um serviço de portas abertas, pautado no cuidado em liberdade, não se configurando como unidade de internação compulsória. No momento da alta, a paciente encontrava-se consciente, orientada e em condições clínicas e psicológicas adequadas para continuidade do tratamento em regime ambulatorial”, diz o comunicado.
A secretaria ressalta ainda que questões familiares impactam diretamente no processo de cuidado em saúde mental e que, dentro dos princípios que regem esse tipo de atendimento, as escolhas e decisões do paciente devem ser respeitadas, especialmente quando ele se encontra em plena condição de consciência.
A família, no entanto, contesta a versão da Sesau e segue em busca de Thamara, quem tiver informações sobre o paradeiro dela pode entrar em contato pelos telefones (67) 99235-6924, falar com Priscila, ou (67) 99138-4128, com Rodrigo, ambos primos da paciente.
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