Paciente não consegue fazer exame preventivo de próstata por falta de reagente

Um aposentado, de 71 anos, vai ter que pagar mais de R$ 100 em uma clínica particular para conseguir fazer o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), importante na identificação precoce do câncer de próstata. O pedido foi feito pelo médico da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Bairro Lar do Trabalhador, em Campo Grande. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

Ao Campo Grande News, o paciente, que terá o nome preservado, contou que o atendimento na unidade de saúde é muito bom e importante para a comunidade. Tanto que, na sua consulta de rotina, foi pedido mais de 23 exames, mas a servidora municipal que faz os atendimentos disse que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) está sem o regente para o teste prostático.

“Normalmente, quando o médico pede é porque a gente já está sentindo alguma coisa, ainda mais na minha idade. Isso deve estar acontecendo com todas as pessoas que vão procurar o posto de saúde, principalmente os idosos”, lamentou o paciente.

Ele reforça que, antes de procurar a reportagem, já formalizou uma reclamação na Ouvidoria SUS e na da Sesau, mas ainda não teve respostas ou foi encaminhado para algum hospital conveniado para fazer o exame. O retorno com o médico está marcado para a primeira semana de fevereiro, então ele vai ter que recorrer ao atendimento particular.

“Verifiquei em uma clínica e esse exame está custando em torno de 130 reais. Minha aposentadoria é um salário mínimo, ou seja, o aumento que tive esse mês já será usado no exame. Enquanto isso, o Laboratório Central continua a dizer que não há previsão de ter o reagente”, termina o aposentado.

A Sesau foi questionada sobre essa situação, através dos canais de comunicação com a imprensa, mas ainda não enviou respostas. O espaço para esclarecimentos está aberto.

PSA - Com a coleta de sangue, esse exame é importante porque ajuda a identificar alterações na próstata, especialmente relacionadas ao câncer de próstata, hiperplasia prostática benigna (aumento benigno da próstata) e infecções como prostatite.

Embora não seja diagnóstico por si só, níveis elevados ou alterações significativas podem indicar a necessidade de investigação mais detalhada, como exames de imagem ou biópsias. A depender dos fatores de risco, deve ser feito em homens a partir dos 45 anos.

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