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Capital

Advogada do PCC consegue direito a cumprir prisão domiciliar para cuidar da irmã

Ela é acusada de envolvimento em organização criminosa, obstrução à Justiça e corrupção ativa

Por Viviane Oliveira | 21/01/2025 11:32
Advogada do PCC consegue direito a cumprir prisão domiciliar para cuidar da irmã
Paula Tatiane Monezzi, em imagem divulgada nas redes sociais (Foto: reprodução / redes sociais)

A Justiça concedeu prisão domiciliar à advogada Paula Tatiane Monezzi, de 39 anos, presa desde o dia 24 de abril do ano passado, acusada de envolvimento em organização criminosa, obstrução à Justiça, corrupção ativa, violação de sigilo funcional e lavagem de capitais.

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A Justiça concedeu prisão domiciliar à advogada Paula Tatiane Monezzi, acusada de envolvimento em organização criminosa e outros crimes, após a defesa argumentar que ela é a única responsável por cuidar de sua irmã internada com problemas de saúde. A decisão da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna foi baseada na necessidade de cuidados especiais da irmã e na ausência de violência nos crimes cometidos. Paula, que atuava como intermediária entre um líder de tráfico e outros membros da quadrilha, foi presa em abril do ano passado e agora usará tornozeleira eletrônica, com restrições de movimentação, exceto para cuidados médicos da irmã.

Alvo de duas operações, denominadas Last Chat e a Courrier, deflagradas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a advogada, que chegou a ter o registro suspenso pela OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil - seccional de Mato Grosso do Sul), vai ser monitorada com uso de tornozeleira eletrônica.

Conforme a decisão de soltura, publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (21), a juiza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal, aceitou o pedido da defesa, de que atualmente a advogada é a única pessoa com vínculo familiar a prestar assistência à irmã, internada desde 19 de dezembro do ano passado, com quadro grave de saúde. Ainda segundo a defesa, a paciente não tem ninguém para cuidá-la, porque a mãe faleceu em 2020 e outro irmão não tem condições de assisti-la.

“No caso em tela verifica-se ter a requerente comprovado que sua irmã necessita de cuidados especiais em tempo integral e não possuir ninguém para cuidar da mesma, bem como constata-se que os crimes não foram cometidos com violência ou ameaça. Posto isto, substituo a prisão preventiva por prisão domiciliar com monitoração eletrônica”, decidiu a magistrada. Paula Tatiane não poderá sair da cidade sem autorização da Justiça, a não ser para os cuidados médico-hospitalares com a irmã, sob pena de revogação da prisão domiciliar.

Caso - Conforme o Gaeco, a advogada Paula Tatiane era um dos principais vínculos entre Rafael da Silva Lemos, o “Gazela” ou “Patrão”, e os outros integrantes de uma quadrilha de tráfico de armas e drogas que agia em Mato Grosso do Sul e outros dois estados.

Enquanto o líder Rafael comandava as ações de dentro da cadeia, Paula repassava os recados dele aos outros, atuando como "gravata do PCC", de acordo com a investigação. A advogada recebeu mais de R$ 100 mil do grupo na ocasião.

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