Empresário faz vaquinha para pavimentar rua no Jardim Noroeste
Segundo a prefeitura, ele deveria bancar a obra sozinho como contrapartida para construção de loteamento
Cansado de ir à Prefeitura de Campo Grande para solicitar a pavimentação da Rua da Carioca, empresário resolveu pagar pelo serviço. Funcionário, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que a rua de terra é problema que tenta resolver há pelo menos três anos.
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Cansado de esperar pela prefeitura, um empresário de Campo Grande decidiu pagar pela pavimentação da Rua da Carioca, no Jardim Noroeste, para conseguir o alvará de sua empresa, pendente há três anos. A obra, que chamou atenção por ser financiada por particulares, também conta com a contribuição de outro morador que está construindo casas na região. Juntos, eles investiram mais de R$ 110 mil. A pavimentação, iniciada há 15 dias, está temporariamente suspensa devido à chuva. A prefeitura ainda não se manifestou sobre o caso.
Já a prefeitura garante que o empresário faz a obra porque investe em loteamento na região.
O fato é que maquinários e a brita na Rua da Carioca, no Jardim Noroeste, têm chamado atenção de quem passa por ela, inclusive do leitor que encaminhou a sugestão de pauta pelo Canal Direto das Ruas. Com fita zebrada, uma quadra da via foi fechada para ser pavimentada.
O que poderia ser mais uma cena comum do dia a dia se tornou, no mínimo, curioso por estar sendo patrocinado por empresário da região. Funcionário do homem contou ao Campo Grande News que o trabalho é realizado durante o dia.
Ele relata que outro empreendedor, que está construindo casas na quadra, também entrou na “cota” para o asfalto. "Enquanto um contribui com cerca de R$ 10 mil, o outro arca com mais de R$ 100 mil", diz.
Segundo a prefeitura, o que ocorre não é benevolência do empresário e sim obrigação. "A execução dessa obra de infraestrutura faz parte das exigências da implantação de um loteamento e está sendo executada pela empresa responsável pelo mesmo, conforme estabelecido em contrato".
Para conseguir o alvará, o empresário teve de cumprir a parte dele, conforme explica o município.
Outros vizinhos da quadra foram chamados para entrarem na “vaquinha”. O serviço, que iniciou há cerca de 15 dias, está paralisado desde ontem devido ao tempo chuvoso. Na tarde desta quinta-feira, o proprietário da empresa não estava no escritório. Nas redondezas, nas poucas residências, os proprietários também estavam fora, trabalhando.
A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para comentar sobre o assunto, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.
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