Antes de tarifaço, MS aumenta exportação de carne e arrecada US$ 822 milhões
Participação de MS nas exportações nacionais subiu de 10% para 11,2% no comparativo com 2024
Dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) mostram que Mato Grosso do Sul exportou 189.762 toneladas de carne bovina entre janeiro e junho deste ano, um aumento de 22% em volume na comparação com o mesmo período de 2024. A receita no semestre foi de US$ 822 milhões, o que representa crescimento de 39%.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul registrou aumento significativo nas exportações de carne bovina no primeiro semestre de 2023. O estado exportou 189.762 toneladas, crescimento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior, gerando receita de US$ 822 milhões, 39% superior a 2022. A China é o principal destino das exportações sul-mato-grossenses, absorvendo 47% do volume, seguida pelos Estados Unidos com 10%. Apesar do recente anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, os frigoríficos do estado mantêm suas operações normais, redirecionando parte da produção para outros mercados.
No primeiro semestre do ano passado, o Estado havia exportado 155.392 toneladas, com arrecadação de US$ 593,3 milhões. Segundo a entidade, a participação de Mato Grosso do Sul nas exportações nacionais passou de 10% para 11,2%.
De acordo com o secretário Jayme Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), os Estados Unidos são o segundo principal destino da carne sul-mato-grossense, com 10% das compras. A China lidera com 47%.
Entre janeiro e maio, as exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos somaram 26.886,437 toneladas, com receita de US$ 130,5 milhões.
Em nível nacional, a Abrafrigo aponta que o Brasil bateu recordes históricos no setor. Só no mês de junho, houve aumento de 55% na receita e de 41% no volume embarcado. Foram exportadas 341.555 toneladas, com arrecadação de US$ 1,505 bilhão. No mesmo mês de 2024, os números foram de 242.538 toneladas e US$ 970,7 milhões.
Apesar do anúncio recente de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, os frigoríficos de Mato Grosso do Sul afirmam que a rotina segue sem alterações. Parte da produção que seria destinada aos Estados Unidos já foi redirecionada para outros mercados, como China e Chile, ou será absorvida pelo mercado interno.
Nos açougues de bairros e da área central de Campo Grande, a expectativa é de queda nos preços da carne nas próximas semanas. Porém, a maioria dos consumidores ouvidos pelo Campo Grande News na tarde de quinta-feira (17), afirma que os valores seguem estáveis.
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