Preço da carne estabiliza e expectativa é de queda nas próximas semanas
Campo Grande News percorreu, nesta quinta-feira, supermercados e açougues da Capital para verificar os preços
Promessa de açougueiros é que o preço da carne fique mais em conta nas próximas semanas. O Campo Grande News percorreu bairros e a área central nesta quinta-feira (17) para verificar a perspectiva do mercado.
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A expectativa de açougueiros é que os preços da carne, especialmente da picanha, fiquem mais acessíveis nas próximas semanas. Profissionais de diversos estabelecimentos em Campo Grande relataram que os preços se estabilizaram, com algumas reduções já observadas. Por exemplo, o quilo da picanha caiu de R$ 115,98 para R$ 99,98 em um açougue local. A estabilidade nos preços pode estar relacionada à mudança na rota de exportação da carne brasileira, após a imposição de uma sobretaxa de 50% pelos Estados Unidos. Essa medida impacta diretamente o setor frigorífico, gerando expectativas de queda nos preços.
Para grande parte dos entrevistados, o preço da proteína mais presente na mesa dos brasileiros estabilizou, e a picanha acabou barateando nos últimos meses. O gerente do supermercado Duarte, na Piratininga, Douglas de Oliveira, de 39 anos, explica que o corte da picanha está sendo vendido por um preço melhor.
Até a semana passada o corte era vendido por R$ 59,90 e nesta semana o quilo está saindo por R$ 52,90. Desde a redução, foi registrado um aumento de cerca de 10% da procura pela picanha.
"Hoje está esse preço justamente por ser uma carne que ninguém procura. A gente trabalha com rebaixa, e é um produto cuja venda foi praticamente nula nesses meses", detalhou Douglas.
Há poucos quilômetros dali, em um supermercado Pires, no Bairro Jockey Club, o corte está sendo vendido a R$ 59 o quilo. Na análise dos trabalhadores do local, o preço da carne está estável.
No mesmo bairro, o açougue Big Beef avalia que a carne está com o mesmo preço, mas a expectativa é de que o produto fique mais barato. "Para a próxima semana já deve ter uma queda, vamos aguardar", disse um dos profissionais do local à reportagem. No estabelecimento, o quilo da picanha teve uma redução de R$ 115,98 para R$ 99,98.
Segundo o açougueiro da Bovinos Box, no Mercadão Central, Rubens Nunes, de 42 anos, os preços estabilizaram. "Ainda não abaixou, mas pelo que os frigoríficos falam para a gente, vai abaixar. Como todo dia a gente pergunta, eles já disseram que vai cair o preço da carne", afirmou.
Ainda no Mercadão, a Casa de Carnes Dib manteve o preço da picanha em R$ 79 nos últimos três meses, assim como o Tribox Casa de Carne. Na região central, dois estabelecimentos também mantiveram os preços nos últimos dois meses. Foi o caso da Casa da Linguiça, no Monte Líbano, que vende a R$ 99,90 o quilo, e da Casa de Carne Neiger, com o quilo a R$ 93,99.
Para o analista Sérgio da Silva, de 65 anos, que mora próximo da Casa de Carne Neiger, os preços não aumentaram nem diminuíram nas últimas semanas. "Costumo comprar carne semanalmente, venho sempre neste porque moro perto e também pela qualidade", afirmou.
O único local onde foi observado aumento nos últimos dois meses foi a Vermelho Beef, onde o quilo da picanha passou a custar R$ 192,90.
Parte da estabilidade e até da expectativa de queda nos preços pode estar ligada à mudança na rota da carne antes exportada aos Estados Unidos. Recentemente, o governo norte-americano anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que afeta diretamente o setor frigorífico.
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