Aumento de 83,32% no preço feijão eleva inflação em fevereiro
IPC-CG foi de 0,53% em fevereiro, impulsionado por alta no grupo Alimentação; em janeiro, inflação medida foi de 0,24%
O preço dos alimentos foi responsável pela alta da inflação em Campo Grande em fevereiro, que ficou em 0,53%, conforme IPC-CG (Índice de Preços ao Consumidor da Capital), elaborado pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais). O grande vilão da vez foi o feijão, com aumento de 83,82% no período. Em janeiro, índice medido foi de 0,24%.
Conforme a pesquisa, a alta do grupo Alimentação foi de 2,54% em fevereiro, resultado de clima muito severo nas regiões produtoras de alimentos, principalmente, frutas e legumes. “Esse grupo sofre muita influência de fatores climáticos e da sazonalidade de alguns de seus produtos”, diz Celso Correia, coordenador da pesquisa.
Outros gastos que contribuíram para aumento do custo de vida em fevereiro foram a conta do telefone fixo (6,70%), passagem de ônibus urbano (6,76%), leite pausterizado (10,34%) e pneus (5,44%).
Além do aumento do feijão, a pesquisa identificou alta dos preços da batata (45,35%) e chuchu (38,08%) em fevereiro.
As reduções mais expressivas são limão (-34,49%), caldo de carne (-23,52%) e fubá (-12,66%). Dento do grupo, as carnes tiveram as seguintes altas: paleta (7%), patinho (5,98%) e fígado (2,05%). As quedas foram: músculo (-7,15%), acém (-6,64%), contrafilé (-6,42%), coxão mole (-4,38%), filé mignon (-2,20%), alcatra (-1,85%), picanha (-1,71%).
O grupo Transportes se destacou pela deflação de -0,18%, devido a quedas nos preços da gasolina (-4,87%) e do etanol (-4,40%). O grupo Saúde apresentou uma alta de 1,09%, impulsionada por altas nos preços da vitamina e fortificante (5,97%).
A inflação acumulada nos últimos doze meses está em 3,89%, abaixo do centro da meta de 4,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) para 2019. Considerando os dois primeiros meses do ano, o acumulado é de 0,77%.