Campo Grande mantém perfil horizontal e é a capital menos verticalizada do País
No ranking dos estados, o índice sul-mato-grossense só é maior do que o do Maranhão e do Tocantins

Enquanto o país se verticaliza, Mato Grosso do Sul preserva a vida em casa. No Estado, 96,7% dos moradores vivem em domicílios horizontais e apenas 3,2% em apartamentos. bem abaixo da média nacional.
RESUMO
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Campo Grande se destaca como a capital menos verticalizada do Brasil, com 93,5% da população residindo em casas e apenas 6,4% em apartamentos. A segunda colocada é Porto Velho, com 7,1% de moradores em edifícios. O cenário contrasta com a tendência nacional de verticalização, que registra 15,3% dos brasileiros vivendo em apartamentos. Em Mato Grosso do Sul, 96,7% dos habitantes ocupam domicílios horizontais, índice que se mantém estável devido à abundância de espaço urbano e à tradição de bairros abertos.
No ranking dos estados, o índice sul-mato-grossense só é maior do que o do Maranhão (3,3%) e do Tocantins (3,0%), o que coloca MS praticamente entre os três que mais moram na horizontal no Brasil.
O destaque é a capital. Campo Grande é a menos verticalizada do Brasil, com 93,5% da população em casas e apenas 6,4% em apartamentos. Na segunda posição aparece Porto Velho (RO), com 7,1% de moradores em apartamentos, ainda assim acima do índice da capital sul-mato-grossense.
A realidade local mudou pouco em nove anos. Até 2016, eram 94,5% vivendo em casas e 5,4% em edifícios, alteração de apenas 1 ponto percentual no período, evolução que também é menor que a registrada nacionalmente.
O Brasil está cada vez mais em apartamento. Em 2016, 13,7% dos domicílios eram prédios. Oito anos depois, esse percentual chegou a 15,3%, o equivalente a 28,2 milhões de brasileiros morando em apartamentos. Nesse período, a proporção de casas caiu de 86,1% para 84,5%, embora ainda representem a ampla maioria, com 183,3 milhões de pessoas vivendo em residências térreas.
Pesquisadores do IBGE apontam que a ascensão dos apartamentos no país se deve à concentração urbana, à proximidade de trabalho e serviços e à busca por segurança em condomínios.
Mas, em Mato Grosso do Sul, a abundância de espaço urbano e a tradição de bairros abertos explicam a resistência à verticalização, que mantém a capital e o Estado no perfil mais horizontal do Brasil. Com cada vez mais incorporadoras chegando, os dados só devem mudar consideravelmente a partir de 2026.