Com lojas fechando, Prefeitura cria programa "Atenção ao Centro"
O objetivo é fomentar ações integradas para voltar a movimentar a região comercial
A Prefeitura de Campo Grande criou o Programa “Atenção ao Centro”, com o objetivo de fomentar ações integradas para voltar a movimentar a região, que por muitos anos, foi o principal ponto de vendas da cidade. A realidade atual é de esvaziamento, placas de “aluga-se”, vitrines cobertas por papel e sensação de abandono.
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Prefeitura de Campo Grande lança programa para revitalizar o Centro da cidade. O programa “Atenção ao Centro” visa fomentar ações integradas para reverter o esvaziamento da região, que sofre com fechamento de lojas e sensação de abandono. A iniciativa prevê parcerias entre instituições públicas, entidades de classe e comerciantes. O objetivo é transformar o Centro em um espaço atrativo e dinâmico, impulsionando o comércio local e criando atrativos culturais. Ações conjuntas para melhorar a segurança pública, estacionamento e questões sociais, como a população em situação de rua, também estão em pauta. Dados da CDL apontam que mais de 2.600 empresas fecharam no quadrilátero central nos últimos sete anos.
A Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável) se reuniu, nesta semana, com instituições públicas, entidades do setor, Sistema S, universidades e comerciantes para discutir ações conjuntas dentro do programa.
A proposta é consolidar uma agenda permanente de parcerias estratégicas voltadas à valorização da região central como espaço vivo e integrado à população. O titular da Semades, Ademar Silva Junior, destacou a importância em dialogar e propor ações voltadas ao Centro.
“Temos um compromisso em transformar essa região em um espaço atrativo, dinâmico e acolhedor, que dialogue com a modernidade. Através do Programa Atenção ao Centro, estaremos desenvolvendo uma série de ações integradas para fomentar a circulação de pessoas, impulsionar o comércio local e criar atrativos culturais e econômicos. Nosso foco é devolver ao Centro o protagonismo, tornando-o novamente um ponto de encontro da população”.
O diretor da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Paulo de Matos Pinheiro, pontuou problemas que precisam ser solucionados.
“O objetivo é identificar e corrigir problemas como segurança pública, estacionamento, moradores de rua, entre outros. Sabemos que não é fácil mobilizar, mas com mudança de atitudes conseguimos o apoio das pessoas. Essa ação é vista como o início de um projeto com potencial para trazer resultados positivos através da colaboração de todos os envolvidos”, disse.
Levantamento mais recente da CDL Campo Grande mostra que em 7 anos, 2.613 empresas foram fechadas no quadrilátero central formado pelas ruas Rui Barbosa, Calógeras, 26 de Agosto e Avenida Mato Grosso.
Entre 2018 e 2025, o número de empresas ativas no quadrilátero caiu de 3.439 para 826, redução de 75,9%. No segmento de comércio eram 1.971 e caiu para 394; e no segmento de serviços, de 1.439 para 432.
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